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Autor do massacre na Flórida diz que ouvia vozes na cabeça

À medida que passam os dias, surgem novos dados sobre a vida de Cruz antes de disparar com um fuzil de assalto contra seus ex-companheiros de escola

Nikolas Cruz: o atirador disparou nos estudantes que via nos corredores e instalações do instituto de ensino médio Marjory Stoneman Douglas (Polícia do Condado de Broward/Reuters)

Nikolas Cruz: o atirador disparou nos estudantes que via nos corredores e instalações do instituto de ensino médio Marjory Stoneman Douglas (Polícia do Condado de Broward/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 15h28.

Miami - Nikolas Cruz, o jovem de 19 anos que confessou ser o autor do massacre de Parkland, no sudeste da Flórida, disse à polícia que escutou vozes em sua cabeça que lhe indicaram como perpetrar o ataque que acabou com a vida de 17 pessoas, segundo informaram fontes da Polícia à "ABC News".

Cruz foi detido na quinta-feira e recebeu 17 acusações, entre elas a de assassinato premeditado, depois de ter confessado que "disparou nos estudantes que via nos corredores e instalações" do instituto de ensino médio Marjory Stoneman Douglas de Parkland em 14 de fevereiro, dia de São Valentim.

O jovem ex-aluno permanece preso sem direito à fiança.

As vozes que Cruz ouvia foram descritas como "demônios" por fontes policiais ao canal "ABC News".

À medida que passam os dias, surgem novos dados sobre a vida de Cruz antes de disparar com um fuzil de assalto contra seus ex-companheiros da escola de ensino médio, da qual foi expulso há um ano por motivos disciplinares.

Veículos de imprensa locais informaram hoje que a arma utilizada por Cruz foi comprada pelo jovem legalmente há um ano na Sunrise Tactical Supply, uma loja de armas situadas em um shopping de Coral Springs, no sul da Flórida.

Douglas Rudman, o advogado que representa os proprietários da loja, Michael e Lisa Morrison, disse aos jornalistas que Cruz comprou o fuzil de assalto em uma caixa e que não adquiriu munição, só o carregador que vem com a arma, segundo o jornal "The Miami Herald".

Foi por essa razão que "não foram levantadas bandeiras vermelhas (alertas). Parece que Cruz tentava de forma deliberada não levantar suspeitas ao não comprar muitas coisas de um só local", acrescentou Rudman.

As autoridades confirmaram que a arma foi adquirida pelo jovem de forma legal.

Os donos da loja de armas realizaram todo o protocolo de segurança exigido na venda a Cruz: o jovem completou todos os formulários de compra requeridos pelo Departamento de Justiça, que inclui uma cópia de sua carteira de motorista e respostas a um questionário sobre doenças mentais.

"O que entendo é que suas respostas foram as apropriadas", apontou Stuart Kaplan, advogado que representa também a corporação Sunrise Tactical Supply.

A loja "permanecerá fechada indefinidamente", acrescentou o citado rotativo.

Os donos do estabelecimento, que vivem na cidade de Coral Springs, estão "angustiados" pelo "tremendo sentido de responsabilidade nesta situação e por saberem que uma de suas armas caiu em mãos deste maníaco", ressaltou Rudman.

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