Xavier Johnson: soldado o acusou de abuso e recomendou "ajuda para saúde mental" (Reuters / Reprodução Facebook)
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2016 às 12h28.
Washington - O autor do massacre que matou cinco policiais em Dallas na quinta-feira (7) deixou o exército dos Estados Unidos denunciado por uma soldado que o acusou de abuso sexual e recomendou que recebesse "ajuda para a saúde mental", revelou neste sábado o jornal "New York Times".
A soldado pediu em 2014 uma ordem de proteção e o exército iniciou o processo para dispensar Micah Xavier Johnson com uma distinção que não fosse "honorável", segundo explicou Bradford Glendening, o advogado militar designado para representar o agressor.
Seguindo o conselho de Glendening, Johnson renunciou ao direito de ter uma audiência em troca de uma acusação menor e foi dispensado do exército em abril de 2015.
Johnson, de 25 anos, voltou então do Afeganistão a Dallas, onde cresceu, e começou a se interessar por organizações e grupos de negros extremistas, segundo a publicação.
O jovem, que morreu em meio a um cerco policial, perpetrou o massacre da quinta-feira com o objetivo deliberado de "matar pessoas brancas, principalmente agentes brancos", indignado pelas mortes de negros por policiais brancos, segundo explicou na sexta-feira o chefe de polícia de Dallas, David Brown.
Segundo os dados mais recentes da investigação, o suspeito tinha em sua casa material para a fabricação de bombas, coletes à prova de balas, fuzis, munição e um diário pessoal sobre táticas de combate.
Fontes do Pentágono disseram à Agência Efe que Johnson esteve com o exército americano no Afeganistão entre novembro de 2013 e julho de 2014, e entre março de 2009 e abril de 2015 fez parte da reserva como especialista em atividades de carpintaria e alvenaria.