Mundo

Autor de filme sobre Maomé está sob proteção policial

Nakoula Basseley, um cristão copta de 55 anos que aparentemente colocou o trailer do filme no YouTube, pediu proteção à polícia

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 19h49.

Washington - O homem suspeito de produzir um filme de baixo orçamento que ridiculariza o profeta Maomé foi colocado sob proteção da polícia norte-americana depois de deflagrar uma violenta onda de manifestações pelo mundo.

Jornalistas estavam reunidos hoje em frente à residência de Nakoula Basseley Nakoula nos arredores de Los Angeles depois de funcionários norte-americanos o terem identificado como diretor do filme "A inocência dos muçulmanos".

Não havia sinais de movimento na casa de Nakoula, um cristão copta de 55 anos que aparentemente colocou o trailer do filme no YouTube sob o pseudônimo de "Sam Bacile", mas a polícia informou que ele pediu proteção. Familiares recusavam-se a atender à imprensa nesta quinta-feira.

"Nós recebemos o pedido e respondemos a ele. Estamos fornecendo segurança pública e continuaremos assim", disse Steve Whitman, porta-voz do xerife do condado de Cerritos, 40 quilômetros ao sul de Los Angeles.

O pouco que se sabe sobre a vida de Nakoula é que ele foi condenado a um ano e nove meses de prisão em 2010 por fraude bancária. Ele foi considerado culpado de ter roubado milhares de dólares por meio do uso de nomes falsos e números reais do serviço de seguro social para obter acesso a crédito bancário.


Autoridades federais norte-americanas investigam a possibilidade de Nakoula ter violado os termos de liberdade condicional, que proíbe o uso de computadores e da internet.

Segundo uma fonte nos serviços de segurança dos EUA, o governo norte-americano identificou Nakoula como o diretor do filme. Em entrevista concedida à Associated Press, Nakoula negou ser Sam Bacile. Existe a possibilidade de mais de uma pessoa usar o mesmo pseudônimo.

O filme que ridiculariza o profeta Maomé desencadeou uma onda de protestos em diversos países islâmicos e resultou na morte do embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, e de mais três diplomatas em Benghazi.

Ontem, um homem identificou-se à AP como Sam Bacile, disse ser um corretor de imóveis judeu israelense e assumiu a responsabilidade pelo filme. Mas crescentes evidências mostram que ele não existe, a começar pelo fato de Israel não ter localizado registro de nenhum cidadão com esse nome. Nakoula disse à AP que "trabalhou apenas" na parte logística da companhia que produziu a película.

No filme, Maomé é caracterizado como um mulherengo indolente, promíscuo e conivente com o abuso de crianças. Atores amadores proferem insultos disfarçados de revelações sobre Maomé em diálogos engessados, enquanto os seguidores do profeta são mostrados como um bando de idiotas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaEstados Unidos (EUA)Oriente MédioPaíses ricosPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Califórnia promete intervir se Trump eliminar incentivos fiscais a veículos elétricos

Trump diz que taxará produtos do México e Canadá assim que assumir a presidência

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais