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Autor de explosão na embaixada dos EUA sofre de transtorno paranoide

A família confirmou que o jovem "sofria de alucinações visuais e auditivas com frequência, recebeu tratamento psicológico, sem ser capaz de trabalhar"

Embaixada: o cidadão chinês, de sobrenome Jiang supostamente detonou uma pequena bomba nos arredores da embaixada americana, ontem, sem deixar outros feridos ou danos materiais (Damir Sagolj/Reuters)

Embaixada: o cidadão chinês, de sobrenome Jiang supostamente detonou uma pequena bomba nos arredores da embaixada americana, ontem, sem deixar outros feridos ou danos materiais (Damir Sagolj/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de julho de 2018 às 06h39.

Última atualização em 27 de julho de 2018 às 06h41.

Pequim - O suposto autor da explosão ocorrida na quinta-feira em frente à Embaixada dos Estados Unidos em Pequim, de 26 anos, e que se encontra sob custódia policial, sofre de um transtorno de personalidade paranoide, segundo a investigação policial divulgada nesta sexta pela agência de notícias "Xinhua".

Sua família confirmou aos policiais que desde meados de 2016, o jovem "vinha sofrendo alucinações visuais e auditivas com frequência, foi hospitalizado em uma ocasião e recebeu tratamento psicológico, sem ser capaz de voltar a trabalhar", publicou a agência.

O cidadão chinês, de sobrenome Jiang e procedente da Região Autônoma da Mongólia Interior (norte do país), supostamente detonou uma pequena bomba nos arredores da embaixada americana, ontem, por volta das 13 (hora local), sem deixar outros feridos ou danos materiais.

Após o incidente, Jiang foi levado para um hospital com um ferimento na mão.

A polícia encontrou no local um isqueiro e restos de fogos de artifício que não foram detonados.

"Houve uma explosão hoje, por volta das 13h (hora local) no espaço público fora do complexo da embaixada", afirmou à Agência Efe, um porta-voz da embaixada após o incidente.

Segundo declarou ontem em entrevista coletiva um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, trata-se de um "caso individual de segurança pública".

O fato foi divulgado inicialmente por testemunhas através de redes sociais com vídeos e fotografias.

Testemunhas afirmaram que o indivíduo tinha ficado ferido ao manipular a bomba, mas ainda não está claro se ele tentou atacar a embaixada ou machucar a si mesmo.

Alguns vídeos divulgados na internet mostravam fumaça, transeuntes e policiais em uma cena confusa percorrendo a embaixada, enquanto em outras imagens, vários agentes estão em volta de uma pessoa que está sendo atendida no chão.

Uma mulher que passava pela área e compartilhava vídeos do incidente com outros transeuntes foi detida e colocada contra sua vontade em um automóvel por homens que pareciam ser policiais à paisana, de acordo com testemunhas que gravaram o incidente com seus telefones celulares.

A polícia chinesa isolou a entrada leste da embaixada, localizada no nordeste de Pequim. Esta é uma área onde a entrada é para procedimentos de vistos, por isso é geralmente muito movimentada.

Em 2013, aconteceu um incidente possivelmente semelhante, quando um homem detonou uma bomba caseira e ficou ferido.

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