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Autor de ataque tem ligação "comprovada" com o EI, diz ministro

Segundo o ministro francês do Interior, Gerard Collomb, ainda não se sabe se a rede terrorista apoiou o ataque

Ataque: o Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque (Jon Super/Reuters)

Ataque: o Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque (Jon Super/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de maio de 2017 às 11h08.

Manchester - O suicida que matou 22 pessoas com uma bomba em um show de música pop lotado de crianças em Manchester havia voltado recentemente da Líbia, disse uma ministra britânica, e um ministro francês afirmou que o homem tinha ligações com o Estado Islâmico e provavelmente também esteve na Síria.

A ministra do Interior britânica, Amber Rudd, disse que Salman Abedi provavelmente não agiu sozinho, e que soldados serão mobilizados para diversos pontos do país para ajudar a prevenir mais ataques, depois que o nível oficial de alerta foi elevado para "crítico".

A polícia fez três novas prisões no sul de Manchester nesta quarta-feira em conexão com o ataque, mas não forneceu detalhes sobre os indivíduos presos.

Rudd disse que até 3.800 soldados serão mobilizados paras as ruas do Reino Unido, assumindo serviços de segurança em lugares como o Palácio de Buckingham e a Downing Street para liberar os policiais para focar em patrulhas e no trabalho de investigação.

Um destacamento inicial de 984 policiais já havia sido ordenada, inicialmente em Londres, e depois em outros locais.

"Parece provável, possível, que ele (Abedi) não estava fazendo isso sozinho", disse Rudd à rádio BBC. Ela também disse que Abedi já era conhecido das forças de segurança antes da explosão.

Perguntada sobre reportagens de que Abedi havia voltado recentemente da Líbia, Rudd afirmou acreditar que a notícia havia sido confirmada.

Rudd também repreendeu autoridades norte-americanas por vazarem detalhes sobre a investigação do ataque em Manchester antes de as autoridades britânicas estarem prontas para ir a público.

O ministro francês do Interior, Gerard Collomb, afirmou que investigadores britânicos haviam dito às autoridades francesas que Abedi também havia, provavelmente, viajado para a Síria.

"Hoje nós apenas sabemos o que os investigadores britânicos nos disseram -- alguém de nacionalidade britânica, de origem líbia, que de repente após uma viagem à Líbia, e provavelmente à Síria, se tornou radical e decidiu realizar este ataque", disse Collomb à BFMTV.

Perguntado se acreditava que Abedi teve o apoio de uma rede, Collomb disse: "Isso ainda não é sabido, mas talvez. Em qualquer caso, (ele tinha) conexões com o Estado Islâmico que foram comprovadas."

Salman Abedi, de 22 anos, nascido na Grã-Bretanha, se matou ao explodir uma bomba na noite de segunda-feira na Arena Manchester, ao final de um show da cantora pop norte-americana Ariana Grande, assistido por milhares de crianças e adolescentes.

Entre as 22 vítimas do ataque estão uma menina de 8 anos, diversas adolescentes, um homem de 28 anos e um casal polonês que havia ido ao local buscar suas filhas.

O ataque também deixou 64 pessoas feridas, das quais 20 estavam recebendo tratamento intensivo para ferimentos altamente traumáticos em órgãos importantes e membros, disse uma autoridade de saúde.

O Estado Islâmico, que está sendo expulso de territórios na Síria e Iraque por forças apoiadas pelo Ocidente, reivindicou a responsabilidade pelo ataque de Manchester, mas há contradições em seus relatos da ação e falta de detalhes cruciais.

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