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Autor de ataque a Museu Judeu é acusado de assassinato

O suposto autor do ataque cometido no Museu Judeu de Bruxelas no último dia 24 de maio foi acusado de assassinato em contexto de terrorismo pela promotoria


	Justiça: 4 pessoas morreram no atentado
 (Getty Images)

Justiça: 4 pessoas morreram no atentado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 09h25.

Bruxelas - Mehdi Nemmouche, o suposto autor do ataque cometido no Museu Judeu de Bruxelas no último dia 24 de maio, no qual quatro pessoas morreram, foi acusado nesta quarta-feira de assassinato em contexto de terrorismo pela promotoria belga.

A promotoria informou hoje que o suspeito, que compareceu perante um juiz de instrução, foi "acusado de assassinato em contexto de terrorismo e já teve uma ordem de prisão decretada contra si".

Segundo um comunicado da Promotoria, após sua extradição da França, Nemmouche "foi interrogado pela unidade antiterrorista da Polícia federal de Bruxelas e por um juiz instrutor".

Ontem, em sua chegada à Bélgica, o acusado se negou a prestar declarações à Polícia federal belga, informou hoje o diário "Le Soir".

Nemmouche foi interrogado durante quase quatro horas pelas autoridades policiais belgas, mas rejeitou fazer qualquer declaração, supostamente por temer que o conteúdo de suas declarações fossem repassadas à imprensa, assinalou o jornal citado.

Agora, espera-se que em um prazo de quatro a cinco dias Nemmouche compareça perante a câmara do conselho, que, por sua vez, pronunciará sobre o prolongamento de sua detenção preventiva.

O suposto assassino de um casal de israelenses, uma francesa e um belga, deverá cumprir sua pena na prisão de Mons, no sul do país.

Desde a última quinta-feira, a Bélgica esperava receber a ordem definitiva do Supremo Tribunal da França, necessária antes de sua extradição.

Seu advogado, Apolin Pepiezep, optou por não apresentar um recurso contra sua entrega às autoridades belgas após comprovar que tinha as garantias que necessitava para que Bélgica não lhe extraditasse a um terceiro país.

Uma forma de assinalar que Nemmouche - criminoso reincidente e já fichado pelos serviços secretos franceses por sua radicalização religiosa constatada na prisão - se opunha à possibilidade de ser entregue a Israel.

No final de maio, as autoridades belgas emitiram uma ordem de detenção europeia contra Nemmouche por assassinatos em contexto terrorista e, por isso, passaram a solicitar sua extradição.

Dois juízes de instrução, um dos quais é especialista em terrorismo, se encarregam do caso na Bélgica.

Nemmouche foi detido no dia 30 de maio em Marselha, no sudeste da França, ao chegar com um fuzil e um revólver em um ônibus que tinha saído da Holanda e tinha passado por Bruxelas, e esteve preso na prisão de Bois d"Arcy, na região de Paris.

Segundo a Justiça belga, Nemmouche é suspeito de ser o autor de um ataque armado no museu Judeu de Bruxelas, no qual morreram um casal de israelenses, uma voluntária francesa e um funcionário belga.

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