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Austrália dará anistia de armas de fogo para combater terrorismo

Anistia permitirá que os proprietários destas armas ilegais possam entregar-las ou regularizar-las "sem perguntas, sem repercussões"

Austrália sofreu cinco atentados nos últimos três anos e, segundo o governo, na maioria deles foram utilizadas armas ilegais (Morne de Klerk/Getty Images/Getty Images)

Austrália sofreu cinco atentados nos últimos três anos e, segundo o governo, na maioria deles foram utilizadas armas ilegais (Morne de Klerk/Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 16 de junho de 2017 às 06h51.

Sydney - O governo da Austrália dará a partir do dia 1º de julho uma anistia de armas de fogo de três meses em uma tentativa de prevenir seu uso em atos terroristas, de acordo com o anúncio feito nesta sexta-feira pelo ministro da Justiça, Michael Keenan.

A anistia permitirá que os proprietários destas armas ilegais possam entregar-las ou regularizar-las "sem perguntas, sem repercussões".

"Vivemos tempos em que a segurança nacional provavelmente se deteriorou. Infelizmente, temos visto que as armas ilegais foram usadas nos ataques terroristas", disse Keenan, durante entrevista coletiva.

A Austrália sofreu cinco atentados nos últimos três anos e, segundo Keenan, na maioria deles foram utilizadas armas ilegais.

Entre os ataques, o ministro apontou a tomada com reféns em uma cafeteria do centro de Sydney, em 2014, onde morreram dois civis e o sequestrador, além do assassinato de um contador, cometido por um adolescente de 15 anos, em 2015.

Após o período da anistia, a posse de armas ilegais vai significar penas de prisão de até 14 anos e multas de 280 mil dólares australianos (cerca de US$ 212,3 mil).

"Infelizmente estimativas da Inteligência indicam que existe uma grande quantidade de armas ilegais, provavelmente cerca de 260 mil armas não registradas", explicou Keenan.

Está é a da primeira anistia desde o massacre de 35 pessoas na localidade turística de Port Arthur (Tasmânia), em 1996, que motivou a compra de quase 700 mil armas ilegais como parte da Lei de Controle de Armas decretadas após a tragédia.

"Os estados, de forma individual, implementaram anistias e vimos que tiveram sucesso com a entrega de milhares de armas, por isso esperamos que esta anistia nacional tenha os mesmos resultados", afirmou o ministro.

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