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Austrália alerta que EI quer manter califado na Indonésia

Conclusão foi tirada depois da detenção de vários supostos jihadistas que planejavam promover atentados no país asiático nas comemorações do final de ano

Militante do Estado Islâmico levanta bandeira e segura arma na rua de Mossul, no Iraque, dia 23/06/2014 (Reuters)

Militante do Estado Islâmico levanta bandeira e segura arma na rua de Mossul, no Iraque, dia 23/06/2014 (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 06h24.

Sydney (Austrália), 22 dez (EFE).- O Estado Islâmico (EI) quer se expandir na Indonésia onde pretende estabelecer um "califado", alertou a Austrália após a detenção de vários supostos jihadistas que planejavam promover atentados no país asiático nas comemorações do final de ano.

O procurador-geral da Austrália, George Brandis, advertiu que o EI quer estabelecer na Indonésia um "califado distante", depois de se reunir ontem em Jacarta com representantes do governo e das forças de segurança indonésias.

"O EI ambiciona aumentar sua presença e nível de atividade na Indonésia, seja diretamente ou através de substitutos", disse Brandis em entrevista publicada hoje pelo jornal "The Australian".

Segundo o procurador-geral, as autoridades indonésias "não têm dúvidas" sobre as intenções do EI no país, o qual buscariam transformar em um "califado provincial" vinculado ao do Oriente Médio.

Brandis fez as declarações após uma operação antiterrorista após informação fornecida por Estados Unidos, Austrália e Cingapura, segundo confirmou a Polícia indonésia.

O porta-voz da Polícia, Anton Charliyan, disse na noite de ontem que os nove detidos em batidas realizadas no fim de semana passado na ilha de Java queria realizar atentados contra pessoal do governo, das forças de segurança e da minoria xiita do país.

Charliyan também disse que os detidos - de quem foi confiscado material para fabricar explosivos e propaganda do EI - receberam financiamento vindo da Síria.

Indonésia e Austrália fecharam um acordo para aumentar a cooperação na luta contra o terrorismo, e a troca de informação de inteligência em reuniões bilaterais dos dois governos.

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