Refugiados: o processo de expulsão registrou uma desaceleração com o aumento de solicitações de asilo dos últimos dias (Michalis Karagiannis / Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2016 às 08h20.
O aumento das demandas de asilo nos últimos dias e os confrontos entre migrantes na ilha de Quios complicavam nesta terça-feira a expulsão de migrantes da Grécia, em virtude do acordo entre a UE e a Turquia.
Durante o dia não está prevista nenhuma expulsão, após a operação de segunda-feira, a primeira do tipo, durante a qual 202 migrantes que não haviam solicitado asilo foram levados das ilhas gregas de Lesbos e Quios para o porto turco de Dikili.
As expulsões serão retomadas quando tivermos "um número suficiente" de migrantes e se as autoridades turcas aprovarem, disse à AFP Giorgos Kyritsis, porta-voz do Serviço Grego de Coordenação da Política Migratória (SOMP).
A Turquia informou que a operação pode ser retomada na quarta-feira.
Nas duas ilhas gregas, principal ponto de entrada na Europa dos migrantes em 2015, o processo de expulsão registrou uma desaceleração com o aumento de solicitações de asilo dos últimos dias, afirmou Kyritsis.
Estas pessoas chegaram à Grécia depois de 20 de março e podem ser expulsas do país. Agora, as autoridades gregas terão que revisar as listas provisórias, segundo o porta-voz.
Em Quios, a situação ficou ainda mais complicada com a recusa de vários migrantes e refugiados de retornar ao campo de retenção de Vial, de onde são organizadas as expulsões.
Muitos deles, quase 600 segundo a imprensa local, fugiram na sexta-feira do campo após confrontos entre grupos de migrantes e as autoridades tentam convencê-los a retornar ao campo.
"Estas pessoas não podem ficar na cidade", disse Giorgos Kyritsis, que no entanto descartou uma intervenção policial.