Mundo

Aumento da crise na Síria preocupa autoridades brasileiras

Desde março de 2011, o país enfrenta confrontos entre integrantes da oposição e do governo, causando a morte de mais de 16 mil pessoas, inclusive de crianças e mulheres

Bandeira rebelde em Damasco, capital da Síria: “No Brasil, as notas emitidas pelo governo são muito contundentes”, disse porta-voz do Itamaraty (Shaam News Network/Reuters)

Bandeira rebelde em Damasco, capital da Síria: “No Brasil, as notas emitidas pelo governo são muito contundentes”, disse porta-voz do Itamaraty (Shaam News Network/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 14h11.

Brasília - As autoridades brasileiras observam com preocupação o agravamento da violência na Síria. A expectativa do governo do Brasil é que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) defina medidas que possam conter o acirramento da crise no país. Desde março de 2011, o país enfrenta confrontos entre integrantes da oposição e do governo, causando a morte de mais de 16 mil pessoas, inclusive de crianças e mulheres.

Uma das possibilidades analisadas no Conselho de Segurança, considerada como pertinente pelas autoridades brasileiras, é a adoção de um embargo para o comércio de armas negociadas com a Síria. Com a medida, o governo sírio terá seu poder de fogo reduzido, assim como os integrantes da oposição, pois não terão condições de adquirir armamentos e munições.

“No Brasil, todos os episódios são observados e as notas emitidas pelo governo são muito contundentes”, disse à Agência Brasil o porta -voz do Itamaraty, Tovar Nunes. “Estamos preocupados com a proporção que a violência está ocupando [na Síria]. É uma situação inaceitável."

Em Damasco (capital síria), o governo do Brasil mantém a representação diplomática chefiada pelo embaixador do Brasil na Síria, Edgard Cassiano. Em 2011, quando a situação na Líbia se agravou, o Brasil optou por manter apenas o embaixador no país e retirar os demais de funcionários brasileiros e estrangeiros por medidas de segurança.

No último dia 13, quando houve um massacre de civis, na área de Tremseh, perto da cidade de Hama, o Itamaraty emitiu nota criticando a repressão violenta na Síria e apelando para que o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, adote o plano de paz negociado pelo emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan.

“O Brasil condena veementemente a repressão violenta contra civis desarmados e recorda os compromissos do governo sírio, contidos no plano de paz de seis pontos do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, de cessar imediatamente toda movimentação de tropas e o uso de armamento pesado em áreas urbanas”, diz o texto.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilDitaduraPrimavera árabeSíria

Mais de Mundo

Israel avisa aos EUA que fará 'invasão limitada' do Líbano, diz jornal

Inundações no Nepal deixam pelo menos 200 mortos

Putin promete alcançar todos os 'objetivos fixados' na Ucrânia

Israel já invadiu o Líbano? Relembre o histórico de confronto entre os países