Na última madrugada supostos extremistas judeus incendiaram um veículo palestino perto de Ramala (REUTERS/Mohamad Torokman)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2015 às 09h02.
Jerusalém - A tensão aumentou na Cisjordânia, com diversos confrontos e ataques entre palestinos e israelenses durante a madrugada, que seguiram ao assassinato na noite de quinta-feira de dois colonos israelenses perto de Nablus, no sul do território palestino ocupado.
O Exército israelense reforçou ontem a segurança na área de Nablus com quatro batalhões e iniciou uma operação de busca na região para localizar os agressores.
Também se aumentou a equipe policial esta manhã na Cidade Antiga de Jerusalém, onde acontece hoje na Esplanada das Mesquitas as orações do meio-dia da sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos.
Esta madrugada supostos extremistas judeus incendiaram um veículo palestino perto de Ramala e pintaram muros nas quais exigiam "Vingar os Henkin", sobrenome dos dois colonos assassinados, confirmou uma porta-voz da Polícia.
Em outro ataque supostamente judeu na cidade palestina de Beitin, ao norte de Ramala, uma casa ficou danificada após ser apedrejada, enquanto um carro palestino foi também atacado com pedras na estrada 60, segundo informa o meio digital israelense "Ynet".
Um comandante da Inteligência palestina em Hebron foi também apedrejado quando viajava em seu veículo perto da cidade de Beit Furik, na região onde aconteceu ontem à noite o ataque.
Na cidade palestina de Kafr Ad Dik, perto de Salfit, ao sul de Nablus, os moradores queimaram pneus na entrada principal do povoado para evitar que colonos entrassem para realizar ataques.
Esta manhã, por volta das 8h30 (horário local, 2h30 em Brasília), um palestino de 25 anos do campo de refugiados de Shuafat (Jerusalém Oriental) foi detido na Cidade Antiga após lançar vários coquetéis molotov contra agentes da Polícia e da guarda fronteiriça, que não sofreram danos.