Buenos Aires - Pelo menos 41 pessoas morreram na capital argentina e na província de Buenos Aires por conta de um forte temporal que atingiu a região na terça-feira, confirmaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

O governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, confirmou aos meios de comunicação que 25 pessoas morreram em La Plata, a capital provincial, situada a cerca de 60 quilômetros de Buenos Aires e ressaltou a prioridade de "salvar algumas vidas".

"A prioridade é humana, depois avaliaremos os danos materiais e de que maneira podemos ajudar os desabrigados para que recuperem o que perderam", disse Scioli.

"Nunca vi nada igual, por isso as pessoas foram supreendidas da pior maneira possível e alguns não tiveram tempo de escapar desta armadilha fatal".

O governador explicou que estão sendo mobilizados todos os meios, como botes e helicópteros, para resgatar as pessoas que se refugiaram nas árvores ou nos telhados de suas casas.

Em alguns bairros da cidade de La Plata, principalmente no de Tolosa, a água entrou nas casas e chegou a um metro e meio, cobrindo alguns automóveis.

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Algumas vítimas mortais estavam na rua ou retornavam para suas casas quando foram surpreendidas pela água.

"A situação é muito complexa", disse Scioli, que explicou que as escolas estão sendo usadas como centro de evacuação.

"Pedimos que ninguém vá para capital, que evitem utilizas as vias porque elas estão sendo usadas para tranferir feridos aos hospitais", acrescentou.

O governador disse também que outras cidades também sofreram com as fortes chuvas, como La Matanza e San Martín, nas quais se trabalha para evitar "piores consequências".

Pouco antes, o secretário de Segurança da Argentina, Sergio Berni, informou que há mais de 3 mil evacuados e advertiu que não descartam que o número de mortos em La Plata aumente à medida que avancem os trabalhos de resgate, que contam com a ajuda do Exército.

Quanto a Buenos Aires, por conta do forte temporal de terça-feira houve seis mortos, cerca de 300 evacuados e uns 350 mil moradores desabrigados, segundo o titular do Sistema de Atendimento Médico de Emergências, Alberto Crescenti.