Mundo

Aumenta número de mortos e desalojados na Ucrânia, diz ONU

Novo relatório do grupo de monitoramento da ONU na Ucrânia diz que pelo menos 4.317 pessoas foram mortas entre meados de abril e 18 de novembro

Veículo militar na cidade ucraniana de Makiivka (Dimitar Kilkoff/AFP)

Veículo militar na cidade ucraniana de Makiivka (Dimitar Kilkoff/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2014 às 14h31.

Genebra - Investigadores de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) informaram nesta quinta-feira que cerca de 300 pessoas foram mortas em confrontos desde 18 de outubro no leste da Ucrânia, apesar do acordo de cessar-fogo.

Novo relatório do grupo de monitoramento da ONU na Ucrânia diz que pelo menos 4.317 pessoas foram mortas entre meados de abril e 18 de novembro. Já a quantidade de pessoas desalojadas internamente subiu nitidamente, para 466.829, na comparação com 275.489 até 18 de setembro, diz o documento.

O relatório, divulgado pelo escritório de direitos humanos da ONU em Genebra, cita acusações de sérios abusos dos direitos humanos por grupos armados, dentre os quais estão tortura, detenção, execuções, trabalho forçado e violência sexual que "são de natureza sistemática e podem representar crimes contra a humanidade".

Segundo o documento, o impasse entre tropas do governo e rebeldes pró-Rússia que combatem no leste da Ucrânia "está se tornando cada vez mais arraigado, com o total colapso da lei e da ordem e o surgimento de sistemas paralelos de governo" em Donetsk, a maior cidade sob controle separatista, e no setor controlado pelos rebeldes, na região de Lugansk.

O relatório adverte que o tratamento de cerca de 60 mil pacientes HIV positivo e 11.600 pacientes com tuberculose resistente pode ser interrompido por falta de medicamentos, o que "pode levar à disseminação descontrolada de epidemias".

"O respeito ao cessar-fogo tem sido, na melhor das hipóteses, esporádico, com contínuas erupções de combates e bombardeios que resultaram numa média de 13 mortes por dia durante as primeiras oito semanas do cessar-fogo", disse o alto comissário da ONU para direitos humanos, Zeid Raad al-Hussein, em comunicado.

"Todos os lados precisam fazer um esforço muito mais sincero para resolver esta longa crise de forma pacífica e em linha com as leis e padrões dos direitos humanos internacionais." Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:MortesONUUcrânia

Mais de Mundo

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação

Novas regras da China facilitam exportações no comércio eletrônico