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Aumenta confiança das mulheres para governar

Pesquisa mostra que 78% das mulheres acreditam estar prontas para governar qualquer instância, segundo pesquisa do Sesc; importância da política também cresceu

Para os autores da pesquisa, ainda existe pouca divisão dos trabalhos domésticos (Stock.xchng)

Para os autores da pesquisa, ainda existe pouca divisão dos trabalhos domésticos (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 09h48.

São Paulo – A crença das mulheres no fato de que estão preparadas para governar em qualquer uma das instâncias passou de 59%, em 2001, para 78%, em 2010. Os homens que compartilham dessa opinião chegam a 72%, como indicado no capítulo Democracia, Mulher e Política que está na pesquisa Mulheres Brasileiras em Gênero nos Espaços Públicos e Privados, feita em agosto do ano passado pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc). Foram entrevistadas 2.365 mulheres e 1.181 homens com idade acima de 15 anos, em 25 estados.

O reconhecimento da importância a política entre as mulheres passou de 70% para 80% de 2001 para 2010. Subiu ainda a percepção da mulher de que a política tem influência sobre suas vidas pessoais (55% para 63%). A avaliação de que a democracia é melhor do que outra forma de governo passou de 47% para 63%.

Segundo o coordenador da pesquisa, Gustavo Venturi, mesmo com aumento das taxas, ainda é grande a diferença em relação à percepção masculina sobre os mesmos temas. Para ele, o que explica isso é o peso dos trabalhos domésticos que ocupam muito tempo da mulher em uma segunda jornada de trabalho. “Não houve avanços no sentido dos homens partilharem com as mulheres o peso do trabalho doméstico e do cuidado com os filhos, por isso a mulher tem pouco tempo para se dedicar ao mundo público”.

Venturi disse ainda que essa análise se refere à vida cotidiana da maioria das mulheres, mas o fato de o país ter atualmente uma mulher , Dilma Rousseff, na Presidência da República mostra que houve um avanço substancial nesse sentido. “Se as mulheres não se sentem na condição de elas mesmas participarem da política, pelo menos mudou a visão de que elas têm das próprias mulheres”, afirmou.

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