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Audiência debate novo modelo de medidor eletrônico

Aneel já disse que uma das prioridades do novo modelo deve ser permitir ao consumidor acesso a informações sobre o consumo de energia

O novo medidor permitirá a cobrança de tarifas especiais conforme o horário (Bia Parreiras/EXAME)

O novo medidor permitirá a cobrança de tarifas especiais conforme o horário (Bia Parreiras/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 17h45.

Brasília - Representantes de distribuidoras de energia e de entidades de consumidores participaram hoje (26) da audiência pública promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para debater o modelo de medidor eletrônico de energia elétrica que deverá ser implantado em residências e estabelecimentos comerciais e industriais atendidos em baixa tensão no país.

Pela proposta da Aneel, os medidores vão permitir que os consumidores tenham acesso a informações sobre o consumo e o fornecimento de energia, além de possibilitar a comunicação remota entre consumidor e distribuidora. “Com a incorporação dessas novas funcionalidades, o medidor eletrônico deixará de ser um mero registrador de consumo e será um portal de comunicação seguro e interativo entre o consumidor e a distribuidora”, destacou o diretor da Aneel André Pepitone da Nóbrega.

A ideia é que os medidores também possibilitem a adoção de tarifas diferenciadas de acordo com o horário em que o consumidor utiliza a energia. “Com isso, o consumidor poderá optar por usar a máquina de lavar roupa à noite, quando a tarifa for mais barata, ou programar o ar condicionado para operar com menor potência quando a energia for mais cara”, exemplifica Nóbrega.

Entre as contribuições apresentadas hoje pelos participantes da audiência pública estão o aumento do prazo para implantação do novo sistema, a inclusão dos consumidores de baixa renda e a liberdade para que as distribuidoras possam definir as localidades prioritárias para instalação dos novos medidores.

Alguns representantes sugeriram que os medidores possam ter suas funções ampliadas futuramente, e outros pediram que os novos aparelhos não concentrem as funções de inteligência, para evitar possíveis fraudes. Também foram apresentadas sugestões para que seja assegurada a qualidade dos medidores instalados e também para que as informações dos medidores sejam criptografadas, com o objetivo de garantir a segurança dos dados.

O representante do Sindicato dos Trabalhadores de Energia (Sinergia), Gentil de Freitas, lembrou que a instalação dos medidores eletrônicos poderá causar uma redução nos postos de trabalho, e sugeriu que as distribuidoras qualifiquem os empregados que trabalham atualmente na medição de energia para atuar em outras áreas da empresa.

Para Rosimeire da Costa, do Conselho de Consumidores de Energia (Concen), os clientes das distribuidoras devem ser orientados para entender e saber usar bem os novos medidores eletrônicos.

As sugestões sobre a mudança dos equipamento de medição podem ser encaminhadas à Aneel até a próxima sexta-feira (28). Depois disso, a área técnica da agência avaliará as contribuições e o texto final deve ser votado pelos diretores até maio. A Aneel prevê um prazo de 18 meses para que as distribuidoras adotem os novos relógios de medição. A forma como será feita a substituição e os custos dessa operação serão estabelecidos pela Aneel em parceria com o Ministério de Minas e Energia, depois da definição da tecnologia que será adotada para os novos medidores.

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