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Atual presidente, Luis Arce vota e assegura "trânsito democrático" na Bolívia

Arce renunciou à reeleição pelo governista Movimento ao Socialismo (MAS) em meio a uma forte crise econômica marcada pela falta de dólares, escassez de combustível e a pior inflação em décadas

"É um dia em que os bolivianos devem demonstrar mais uma vez a união", destacou Arce (Ueslei Marcelino/Reuters)

"É um dia em que os bolivianos devem demonstrar mais uma vez a união", destacou Arce (Ueslei Marcelino/Reuters)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 17 de agosto de 2025 às 13h19.

Última atualização em 17 de agosto de 2025 às 13h22.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, votou neste domingo na cidade de La Paz e garantiu que haverá um "trânsito democrático" no país, salientando que "recuperar a democracia" é a melhor herança que seu governo deixará.

Arce renunciou à reeleição pelo governista Movimento ao Socialismo (MAS) em meio a uma forte crise econômica marcada pela falta de dólares, escassez de combustível e a pior inflação em décadas.

O MAS escolheu o ex-ministro de Governo, Eduardo del Castillo, como candidato governista, mas as pesquisas o colocam nos últimos lugares de intenção de voto, o que significaria o fim de quase 20 anos de governos do partido esquerdista na Bolívia e a provável perda do registro legal da legenda.

Após votar, o presidente instou "toda a população a ir às urnas e votar no candidato ou candidata de sua preferência".

"É um dia em que os bolivianos devem demonstrar mais uma vez a união", destacou Arce.

O presidente trocou o alto comando militar das Forças Armadas na quinta-feira, garantindo que "aqueles que entraram pela porta desta Casa Grande (sede da Presidência), também sairão pela porta e deixarão o legado democrático para todo o povo boliviano".

"Hoje queremos dizer à população que faremos um trânsito democrático", indicou o presidente, insistindo que fará cumprir o calendário do Tribunal Supremo Eleitoral e entregará a presidência ao candidato vencedor em 8 de novembro deste ano.

O presidente mencionou que seu governo será lembrado por recuperar a democracia e por dar "uma saída democrática e de trânsito democrático" à Bolívia no ano de seu bicentenário.

Arce foi eleito em 2020 pelo MAS após a crise política de 2019 e o governo de transição de Jeanine Áñez (2019-2020). Antes, foi ministro da Economia do ex-presidente Evo Morales (2006-2019), de quem se afastou desde o final de 2021, por diferenças na gestão do governo e por uma disputa pela candidatura governista.

Na Bolívia, 7.567.207 pessoas maiores de 18 anos estão habilitadas para eleger o presidente, o vice-presidente e os parlamentares do Legislativo para um período de cinco anos, e outros 369.308 cidadãos poderão votar no exterior. EFE

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