Mundo

Atraso se deve a dificuldades logísticas, diz chefe das Farc

Houve atraso na viagem dos negociadores da guerrilha de Havana até Oslo


	O comandante das Farc, conhecido como Timochenko, fala em um vídeo: "por questões de segurança nossa gente não se transfere até que não se confirme o ponto e a hora"
 (AFP)

O comandante das Farc, conhecido como Timochenko, fala em um vídeo: "por questões de segurança nossa gente não se transfere até que não se confirme o ponto e a hora" (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2012 às 16h09.

Bogotá - O principal chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo León Londoño, o "Timochenko", afirmou nesta segunda-feira que o atraso na viagem dos negociadores da guerrilha de Havana até Oslo, onde na quarta-feira está previsto o início do processo de paz com o governo da Colômbia, se deve a razões logísticas e meteorológicas.

A informação foi dada na primeira entrevista que concede a meios colombianos, concretamente ao canal "RCN" e à emissora "La FM", na qual revelou que o grande ausente é o "número dois" das Farc, "Ivan Márquez", que não pôde sair da Colômbia.

"Timochenko", que respondeu às perguntas por telefone, reconheceu que "se apresentaram dificuldades" para cumprir os planos fixados para chegar à capital norueguesa e iniciar ainda nesta semana o diálogo que terá como momento central uma entrevista coletiva na quarta-feira.

O chefe das Farc explicou que no protocolo estipulado com o governo colombiano para permitir uma saída segura do país aos delegados designados pela guerrilha para negociar, "Márquez" ficou no quinto grupo que seria recolhido em um ponto e uma data determinados.

"Por questões de segurança nossa gente não se transfere até que não se confirme o ponto e a hora", comentou, antes de assinalar que quando esses dados foram confirmados se apresentaram inconvenientes meteorológicos.

Embora o chefe guerrilheiro não tenha especificado quando se estima que este último grupo de negociadores chegue a Havana, foi contundente ao manifestar "a emoção" das Farc ao estar dando "mais um passo e de maior contundência rumo ao diálogo".

Em sua entrevista, "Timochenko" confirmou também a participação da guerrilheira holandesa Tanja Nijmeijer nas negociações, sem dar mais detalhes sobre seu papel no diálogo.

Durante o dia de domingo, as autoridades norueguesas esperaram sem sucesso os interlocutores das Farc e do governo da Colômbia.

O governo norueguês, fiador do processo, confirmou, no entanto, que a declaração oficial das partes está mantida para a próxima quarta-feira. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaFarc

Mais de Mundo

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo

Quais países têm salário mínimo? Veja quanto cada país paga

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique