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Atos violentos marcam manifestação do Primeiro de Maio em Paris

O governo tinha reforçado a segurança, colocando 1.500 agentes e militares ao longo do trajeto previsto pela manifestação

Manifestação em Paris: 200 pessoas foram presas (Philippe Wojazer/Reuters)

Manifestação em Paris: 200 pessoas foram presas (Philippe Wojazer/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de maio de 2018 às 15h34.

Paris -- Grupos de radicais entraram em confronto nesta terça-feira com a Polícia de Paris no centro da cidade durante uma manifestação pelo Dia do Trabalho convocada pela Confederação-Geral do Trabalho (CGT) e que terminou com 200 presos.

O governo tinha reforçado a segurança, colocando 1.500 agentes e militares ao longo do trajeto previsto pela manifestação, que foi levemente alterado pelos distúrbios.

Pouco depois do início do protesto, por volta das 16h (13h em Brasília), a Polícia de Paris divulgou no Twitter que tinha detectado cerca de 1.200 indivíduos mascarados e encapuzados perto da Ponte de Austerlitz, na metade do percurso.

Os "black blocs" lançaram foguetes contra os agentes, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água.

Uma loja da rede McDonald's e uma concessionária foram danificadas. Os radicais também destruíram lixeiras e outros objetos, atingidos pelo fogo dos coquetéis molotov.

O ministro do Interior da França, Gérard Collomb, foi firme em condenar a violência e o vandalismo. Pelo Twitter, o ministro afirmou que todos os recursos foram disponibilizados para pôr fim aos graves distúrbios na ordem pública e prender os autores.

O governador regional da Polícia de Paris, Michel Delpuech, afirmou que cerca de 34,5 mil pessoas participaram da manifestação, sendo 14,5 mil delas classificadas como "radicais". Entre os extremistas, segundo as autoridades, havia 1.200 "black blocs".

A CGT também condenou a violência e disse ter contabilizado 55 mil pessoas em Paris. No país inteiro, 210 mil pessoas participaram de atos no Dia do Trabalho, afirmou a entidade.

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