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Ativistas rejeitam pedidos para encerrar protestos em NY

Manifestantes que têm saído às ruas para protestar contra uso excessivo da força policial rejeitaram pedido do prefeito para suspender manifestações


	O prefeito de Nova York, Bill de Blasio: de Blasio pediu que os protestos cessassem depois dos funerais de policiais
 (Kevin Hagen/Pool/Reuters)

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio: de Blasio pediu que os protestos cessassem depois dos funerais de policiais (Kevin Hagen/Pool/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 19h33.

Nova York - Os manifestantes que têm saído às ruas nas últimas semanas para protestar contra o uso excessivo da força policial rejeitaram o pedido do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, para suspender as manifestações após o assassinato de dois policiais, e prometeram marchar para o centro de Manhattan na noite de terça-feira.

De Blasio e outros políticos pediram que as tensões se esfriassem após dois policiais terem sido surpreendidos em seu carro de patrulha, chocando a cidade que estava vendo protestos pacíficos para protestar contra as decisões dos júris de Nova York e de Missouri, que não indiciaram dois policiais brancos nas mortes de dois homens negros desarmados.

Desde sábado, alguns ativistas se envolveram em protestos contra os assassinatos dos policiais Rafael Ramos, de 40 anos, e Wenjian Liu, 32.

A Answer Coalition organiza uma marcha na 5a avenida em Manhattan e disse que "um protesto pacífico contra a violência policia" aconteceria como planejado. "O pedido do prefeito para a suspensão da democracia e pelo exercício de direitos de livre expressão diante da face da atual injustiça é um absurdo".

Os assassinatos de Ramos e Liu eletrizaram as tensões entre a prefeitura, o departamento de polícia e os manifestantes reformistas que votaram em de Blasio, um democrata liberal, em grandes números para comandar a maior cidade dos Estados Unidos, que tem oito milhões de pessoas.

Manifestações similares, algumas mais violentas, aconteceram nos Estados Unidos, provocando um debate acirrado sobre a maneira na qual as polícias norte-americanas tratam cidadãos não-brancos, envolvendo até o presidente Barack Obama e seu procurador geral, Eric Holder.

De Blasio pediu na segunda-feira que os protestos cessassem depois dos funerais dos dois policiais.

O ataque de sábado deixou as forças policiais dos Estados Unidos em alerta. A polícia de Chicopee, no estado do Massachusetts, disse na terça-feira que tentaria trazer à justiça um homem por ter postado a frase "coloque asas nos porcos" em sua página do Facebook, uma frase semelhante à utilizada pelo homem que baleou os policiais em Nova York.

O atirador, Ismaaiyl Brinsley, negro, e que nas redes sociais postou que seus planos estavam ligados às morte de Eric Garner, de 43 anos, em Staten Island, em Nova York, e de Michael Brown, de 18 anos, em Ferguson, no Missouri. Brinsley se matou após balear os dois policiais.

De Blasio, que fez campanha prometendo aprimorar as relações entre a polícia e membros de comunidades de minorias, foi duramente criticado pelo maior sindicato de policiais da cidade por não apoiar suficientemente as forças policiais.

Mas o prefeito rebateu nervoso as acusações na segunda-feira, dizendo não haver conflito entre criticar a violência policial e apoiar policiais.

Emerald Garner, filha de Eric Garner, deixou flores e velas em um memorial que marca o lugar onde Ramos e Liu foram mortos.

"Meu pai não era um homem violento, usar seu nome para fazer algo violento definitivamente não é algo que meu pai gostaria" disse ela a jornalistas.

Liu havia se casado dois meses antes de sua morte. Sua viúva, Pei Xia Chen, saiu de sua casa no Brooklyn com seus parentes na segunda-feira à noite.

"É uma hora difícil para nossas famílias", disse. "Mas vamos nos manter juntos e passar por isso juntos".

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