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Ativistas enfrentam Polícia em protesto ao G20 em Seul

Manifestantes pediram que "o povo deixe de pagar pela crise"; apesar do protesto, não houve prisões

Manifestantes se aproximaram do prédio onde estão os líderes para a reunião (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Manifestantes se aproximaram do prédio onde estão os líderes para a reunião (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 09h27.

Seul, 11 nov (EFE).- Centenas de ativistas sul-coreanos e de outros países entraram em confronto nesta quinta-feira com a Polícia em Seul, no início da cúpula dos líderes do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) sem o registro de detenções.

Membros de organizações sindicais sul-coreanas e estudantes se uniram a ativistas vindos da Europa, Japão, Estados Unidos, África e América Latina para pedir aos líderes mundiais que "o povo deixe de pagar pela crise" e se escutem suas reivindicações.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o G20, pediram a estabilidade laboral, justa distribuição de riqueza, fim dos acordos de livre-comércio da Coreia do Sul com a União Europeia e os EUA e que os bancos não sejam resgatados com o dinheiro público e da classe operária.

No começo, a concentração se manteve nos limites da estação de Seul, relativamente longe do complexo do Coex, onde os chefes de Estado e de Governo se reunirão a partir desta sexta-feira, após inaugurar nesta quinta-feira a cúpula com um jantar de trabalho.

Vários ativistas, no entanto, conseguiram romper de maneira violenta o cerco policial e chegar próximo da estação de Nampyeong, em uma caminhada que transcorreu sem mais incidentes.

Ao final do protesto, centenas de policiais cercaram os manifestantes com ônibus e cercas móveis, impedindo novas desordens.

A manifestação foi sufocada com jatos de água e a presença de inúmeros agentes.

Durante a passeata ouviram-se palavras contrárias à cúpula, como "G20 criminoso e culpado pela pobreza", assim como contra o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, por não proteger a classe trabalhadora e apoiar projetos que prejudicam o meio ambiente.

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