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Ativista iraniana diz que foi impedida de protestar na Copa 2018

Maryam Shojaei disse ter ficado retida por duas horas antes de partida entre Irã e Espanha por erguer faixa contra proibição de mulheres do pais em jogos

Maryam: "Quando eu estava tentando entrar com a minha faixa, a segurança me disse que eu não poderia levá-la para dentro" (Dylan Martinez/Reuters)

Maryam: "Quando eu estava tentando entrar com a minha faixa, a segurança me disse que eu não poderia levá-la para dentro" (Dylan Martinez/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de junho de 2018 às 21h09.

Beirute - Uma ativista iraniana pelos direitos das mulheres disse que teve uma faixa arrancada na Copa do Mundo na Rússia nesta quarta-feira e que foi impedida de entrar em um estádio durante duas horas após um protesto mais cedo ganhar manchetes internacionais.

Maryam Qashqaei Shojaei disse que ficou retida por duas horas por autoridades de segurança no principal estádio em Kazan antes de uma partida entre Irã e Espanha, tendo planejado erguer uma faixa para protestar contra o Irã ter proibido mulheres de ir a jogos.

"Quando eu estava tentando entrar com a minha faixa, a segurança me disse que eu não poderia levá-la para dentro", disse ela à Thomson Reuters Foundation por telefone de Kazan.

"Eu mostrei a eles minha aprovação. Eles me revistaram e me detiveram durante duas horas e pegaram a faixa."

Anton Lisin, porta-voz do Comitê Organizador Local (LOC, na sigla em inglês) da Copa do Mundo da Rússia, disse que tinha conhecimento sobre o incidente envolvendo Shojaei, mas não tinha mais detalhes.

Uma porta-voz da Fifa disse que o órgão está investigando o tema, assim como o LOC e autoridades de segurança pública russas.

"Nós podemos confirmar que faixas apoiando a presença feminina nos estádios no Irã foram aprovadas pela Fifa e pelo LOC por meio de procedimentos formais antes a Copa do Mundo Fifa 2018 e já foram exibidas na partida entre Marrocos e Irã em São Petersburgo", disse a porta-voz em comentários via email.

"As faixas são consideradas pela Fifa como uma expressão de apelo social, em vez de um slogan político, e portanto, não foram proibidas sob as regulações relevantes".

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