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Ativista chinês telefona para deputados dos EUA

''Quero ir aos EUA para descansar um tempo. Não descansei nada nos últimos dez anos'', disse da sala de audiências o ativista Bob Fu

O dissidente chinês Chen Guangcheng conversa ao telefone ao lado embaixador americano na China, Gary Locke (E) (US Embassy Beijing Press Office/AFP)

O dissidente chinês Chen Guangcheng conversa ao telefone ao lado embaixador americano na China, Gary Locke (E) (US Embassy Beijing Press Office/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 20h07.

Washington - O dissidente chinês Chen Guangcheng telefonou nesta quinta-feira aos congressistas que avaliavam seu caso durante uma audiência da Câmara de Representantes dos Estdos Unidos, e lhes expressou sua vontade de viajar ao país e sua preocupação por sua família.

O congressista republicano Chris Smith, que presidia a audiência da Comissão Executiva do Congresso sobre China, interrompeu a sessão para anunciar que tinha uma chamada telefônica de Chen, aparentemente do hospital onde se encontra internado em Pequim, informou a revista online ''Politico''.

''Quero ir aos EUA para descansar um tempo. Não descansei nada nos últimos dez anos'', disse da sala de audiências o ativista Bob Fu, amigo do dissidente cego, traduzindo suas palavras ao inglês.

Chen se mostrou preocupado com a segurança de sua família, especialmente de seu irmão e sua mãe. ''Quero saber como estão''.

O ativista também expressou sua vontade de conhecer pessoalmente a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que se encontra de visita em Pequim. ''Espero que ela possa me ajudar mais. E quero agradecê-la pessoalmente''.


Em uma entrevista nesta quinta-feira ao jornal online americano ''The Daily Beast'', Chen afirmou que sua ''fervente esperança'' é abandonar a China junto a sua família no avião de Hillary.

O dissidente abandonou a embaixada americana após um acordo entre as autoridades de China e EUA segundo o qual o governo de Pequim dava garantias de que ele poderia se encontrar com sua família, começar com normalidade uma nova vida fora de Shandong e cursar estudos universitários.

Segundo Washington, Chen deixou a embaixada por vontade própria e, em nenhum momento, pediu asilo político ou manifestou desejo de abandonar seu país.

O dissidente, no entanto, disse que as fortes pressões dos funcionários americanos motivaram-lhe a sair da legação diplomática americana.

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