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Atividade econômica da Argentina cai 3,9% no período de 12 meses até junho

impulso da agricultura não foi suficiente para evitar uma queda generalizada no indicador, com nove das 16 divisões incluídas na medição em declínio

'Super peso' pode ameaçar controle da inflação se o banco central for empurrado para uma desvalorização desordenada  (Capture Light/Getty Images)

'Super peso' pode ameaçar controle da inflação se o banco central for empurrado para uma desvalorização desordenada (Capture Light/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 22 de agosto de 2024 às 08h46.

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A atividade econômica na Argentina caiu 3,9% em junho em relação ao mesmo mês de 2023, revertendo a leve recuperação alcançada em maio, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), que servem como avanço provisório para medir a variação trimestral do Produto Interno Bruto (PIB), também mostram uma queda de 0,3% em relação a maio, quando a economia havia conseguido um avanço morno após a sequência negativa iniciada em setembro de 2023.

No sexto mês do ano, os vários setores econômicos operaram em um cenário de inflação ainda muito alta (271,5% interanual em junho), mas em desaceleração progressiva, enquanto o consumo continuou a se retrair no cenário de forte ajuste realizado pelo governo de Javier Milei.

A agricultura, com um forte peso na economia argentina, impulsionou o indicador de atividade pelo segundo mês consecutivo, graças a um salto de 82,4% em relação a junho de 2023, quando o setor agrícola argentino estava sofrendo o ataque de uma grave seca.

Mas esse impulso não foi suficiente para evitar uma queda generalizada no indicador, com nove das 16 divisões incluídas na medição em declínio, sendo a construção (-23,6%), a manufatura (-20,4%) e o comércio (-18,6%) as que mais caíram.

Nos primeiros seis meses do ano, a atividade econômica da Argentina acumulou queda de 3,2%.

No ano passado, a atividade econômica da Argentina se contraiu 1,6%, abaixo do crescimento de 5% em 2022.

De acordo com os economistas privados consultados mensalmente pelo Banco Central da Argentina para seu relatório de expectativas, em 2024 a economia argentina sofrerá uma contração de 3,7%.

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