Highland Park resident Kernel Parikh, left, leaves flowers near the Central Avenue crime scene on July 5, 2022, the day after a mass shooting at the Fourth of July parade in Highland Park. (Brian Cassella/Chicago Tribune/Tribune News Service via Getty Images) (Tribune News/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de julho de 2022 às 10h21.
O homem acusado de abrir fogo contra uma multidão que assistia ao desfile de 4 de Julho em Highland Park, subúrbio de Chicago, em Illinois, considerou seriamente cometer outro ataque em Wisconsin em seguida. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 6, pela polícia do Condado de Lake.
Após fugir do local dirigindo, Robert E. Crimo III, de 21 anos, pensou em usar o fuzil que tinha em seu carro para atirar em mais pessoas em uma celebração na cidade de Madison, como explicou o porta-voz da polícia do condado, Christopher Covelli.
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As autoridades planejam apresentar dezenas de outras acusações contra Crimo, que já responde pelo assassinato em primeiro grau de sete pessoas. Ele teve sua fiança negada em uma audiência ontem. Segundo os promotores, Crimo confessou ser o autor dos disparos em Highland Park.
Se condenado, ele enfrentará prisão perpétua sem liberdade condicional pelo massacre, o mais recente ataque a tiros em massa a abalar uma nação traumatizada. Os investigadores não determinaram um motivo ou encontraram qualquer indicação de que ele visava vítimas por raça, religião ou outra condição específica, disse Covelli. Mas relatos de encontros anteriores do suspeito com a polícia levantaram questões sobre como ele comprou cinco armas de fogo e se o massacre poderia ter sido evitado.
Em uma evolução do caso, a polícia afirmou que Crimo conseguiu comprar armas de fogo mesmo tendo sido investigado por ameaça. Segundo a polícia, o atirador teria passado semanas planejando o ataque e se vestiu com roupas femininas para escapar do local sem chamar atenção das autoridades. Ele disparou 70 vezes contra as pessoas, matando sete e ferindo mais de 30.
Covelli detalhou que Crimo conseguiu comprar cinco armas de fogo entre 2020 e 2021, incluindo o fuzil semiautomático - que teria sido a arma usada para atirar contra a multidão - apesar de já ter sido alvo da polícia.
Em 2019, policiais responderam a um chamado após uma denúncia anônima reportar que o jovem teria tentado suicídio. Meses depois, policiais voltaram a atender uma ocorrência na casa de Crimo, quando um parente relatou que ele havia ameaçado “matar todo mundo”. Na segunda ocorrência, foi apreendida uma coleção de facas em posse do rapper.
Os novos detalhes acenderam um debate sobre a conduta das autoridades de Illinois, levantando dúvida sobre a aplicação das leis relativamente rígidas de controle de armas no Estado de Illinois para impedir que Crimo as adquirisse nos anos seguintes.
Mas a polícia de Illinois defendeu, em um comunicado, a decisão de conceder uma permissão para Crimo possuir uma arma, que ele solicitou em dezembro de 2019, três meses após policiais retirarem as facas de sua casa. Na época, “não havia base suficiente para estabelecer um perigo claro e presente” para negar o pedido.
Meses depois dos incidentes com a polícia, Crimo solicitou a carteira de proprietário de arma de fogo, o documento necessário para possuir armas em Illinois. Como na época ele tinha menos de 21 anos, a lei estadual exigia que ele tivesse o consentimento de um dos pais. Segundo a polícia estadual, que emite os certificados, o pai de Crimo - que foi candidato a prefeito em Highland Park - deu sua autorização para que ele pudesse comprar as armas e a munição. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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