Mundo

Atirador de Orlando se identificou como "soldado islâmico"

O FBI divulgou uma transcrição parcial de uma ligação telefônica que Omar Mateen fez para a polícia no meio de seu brutal ataque na madrugada de domingo

Omar Mateen: durante a ligação, "o assassino fez declarações homicidas com espantosa calma, de forma deliberada" (Omar Mateen via Myspace/Handout via REUTERS)

Omar Mateen: durante a ligação, "o assassino fez declarações homicidas com espantosa calma, de forma deliberada" (Omar Mateen via Myspace/Handout via REUTERS)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2016 às 14h47.

Última atualização em 18 de julho de 2018 às 15h26.

O atirador de Orlando, Omar Mateen, reivindicou ser um "soldado islâmico" e atuou com "espantosa calma" quando ligou para o número de emergência no auge do tiroteio que matou o maior número de pessoas na história recente dos Estados Unidos, disseram oficiais nesta segunda-feira.

O FBI divulgou uma transcrição parcial de uma ligação telefônica que Omar Mateen fez para a polícia no meio de seu brutal ataque na madrugada de domingo (12) na boate gay Pulse em Orlando, Flórida, onde morreram 49 pessoas e 53 ficaram feridas.

Durante a ligação, "o assassino fez declarações homicidas com espantosa calma, de forma deliberada", disse em coletiva de imprensa Ron Hopper, oficial do FBI.

Mateen "se identificou como um soldado islâmico e jurou lealdade a uma organização terrorista", acrescentou.

As autoridades não divulgaram o áudio completo da ligação "por respeito às vítimas desta horrível tragédia" e, no texto que entregaram à imprensa, omitiram o nome do atirador e do grupo que ele disse pertencer.

"Estou em Orlando e cometi o tiroteio", disse Mateen, de acordo com a transcrição.

As autoridades afirmam não ter, no momento, evidências de que as ações do homem de 29 anos tenham sido comandadas por um grupo terrorista.

O chefe da polícia de Orlando, John Mina, disse na coletiva de imprensa que durante as três horas que o acontecimento durou, a polícia passou a considerar o ataque como "uma situação de atirador ativo" para "uma situação de homem armado com reféns".

A transcrição coloca em evidência que, quando a polícia entrou na boate Pulse minutos depois do ataque ter iniciado, Mateen se entrincheirou em um banheiro com um grupo de pessoas.

De acordo com John Mina, durante as três horas não houve troca de disparos. O tiroteio reiniciou quando começou a operação de resgate de reféns e o atirador foi morto.

Durante esse intervalo, a equipe de negociação da polícia de Orlando manteve três conversas com o atirador.

A polícia respondeu assim que as críticas surgiram nos últimos dias, segundo as quais eles teriam atuado com ineficácia por permitir este longo impasse, onde algumas pessoas feridas poderiam ter se salvado.

"Existe essa ideia equivocada de que não fizemos nada durante três horas e estou tratando de deixar claro que isto é absolutamente falso", disse Mina.

Na transcrição fornecida pelo FBI, assim como na coletiva de imprensa, o nome de Mateen, um americano de 29 anos de origem afegã, não é mencionado.

"Não vamos propagar a retórica da violência", disse Ron Hopper a respeito do assunto.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoEstados Unidos (EUA)GaysLGBTMassacresOrlando (Flórida)PreconceitosTerrorismo

Mais de Mundo

Social-democratas nomeiam Scholz como candidato a chanceler nas eleições antecipadas

Musk critica caças tripulados como o F-35 — e exalta uso de drones para guerras

Líder supremo do Irã pede sentença de morte contra Netanyahu

Hezbollah coloca Tel Aviv entre seus alvos em meio a negociações de cessar-fogo