Mundo

Atirador de Las Vegas converteu 12 armas em automáticas

As autoridades, no entanto, têm ainda "mais perguntas" que respostas sobre os motivos que levaram Stephen Paddock, de 64 anos, a realizar o massacre.

Las Vegas: Paddock modificou até 12 rifles semiautomáticos com dispositivos nas culatras para poder abrir fogo de maneira completamente automática (David Becker/Getty Images)

Las Vegas: Paddock modificou até 12 rifles semiautomáticos com dispositivos nas culatras para poder abrir fogo de maneira completamente automática (David Becker/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 08h10.

Las Vegas - O autor do tiroteio do último domingo, em Las Vegas, onde morreram 59 pessoas e deixou mais de 500 feridos, modificou um total de 12 armas para converter-las em automáticas e foram disparadas entre 9 e 11 minutos, segundo revelaram as autoridades nesta terça-feira.

Na última entrevista coletiva do dia sobre o tiroteio, o vice-prefeito do condado de Las Vegas, Kevin McMahill, reconheceu que as autoridades têm ainda "mais perguntas" que respostas sobre os motivos que levaram Stephen Paddock, de 64 anos, a realizar o massacre.

Segundo McMahill, Paddock ficou disparando "entre 9 e 11 minutos" no domingo, de um quarto do hotel Mandalay Bay, de Las Vegas, contra os milhares de pessoas que assistiam um festival de música country e em seguida se suicidou.

Paddock modificou até 12 rifles semiautomáticos com dispositivos nas culatras para poder abrir fogo de maneira completamente automática e disparar contra a multidão em um ritmo mais rápido.

Assim foi relatado pelo agente Jill Snyder, da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos Estados Unidos (ATF, sigla em inglês).

De acordo com Snyder, foram recuperadas um total de 47 armas de fogo em três localizações diferentes, o hotel Mandalay Bay e duas residências de Paddock, que foram adquiridas em quatro estados pelo atirador.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou hoje desconhecer se o autor do tiroteio tinha algum tipo de vínculo com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Eu não tenho ideia", disse Trump aos jornalistas, a bordo do Air Force One, quando retornava de Porto Rico, ao ser questionado se acredita que o autor do massacre tinha algum vínculo com o EI.

Embora o EI tenha assumido a autoria do tiroteio, o FBI descartou, por enquanto, qualquer vínculo de Paddock com grupos terroristas estrangeiros.

Trump, que viajará amanhã para Las Vegas onde se reunirá com as autoridades locais e parentes das vítimas do tiroteio, insistiu em retratar Paddock como alguém "doente" e "insano".

O presidente evitou após o massacre falar do controle das armas de fogo nos EUA, embora hoje reconhecesse que "talvez" esse debate se abra "em algum momento".

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Las VegasMortes

Mais de Mundo

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo

Quais países têm salário mínimo? Veja quanto cada país paga