Mundo

Atirador da Noruega pede para ser examinado por psiquiatra japonês

Anders Behring Breivik justificou que o profissional seria mais capacitado para entendê-lo do que um europeu

Segundo seu advogado, Breveik é um "demente", psiquiatras noruegueses analisarão se o atirador é penalmente responsável pelo massacre que deixou 77 mortos (Getty Images)

Segundo seu advogado, Breveik é um "demente", psiquiatras noruegueses analisarão se o atirador é penalmente responsável pelo massacre que deixou 77 mortos (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 08h39.

Oslo - Anders Behring Breivik, o autor confesso do massacre de 22 de julho que deixou 77 mortos na Noruega, pediu para ser examinado por um psiquiatra japonês, segundo ele mais capacitado para entendê-lo do que um europeu, afirmou seu advogado nesta terça-feira (2) a um jornal norueguês.

"Meu cliente manifestou seu desejo de (ser examinado por) um especialista japonês. Este desejo gira em tornou de seu conceito de honra: considera que um japonês o entenderá melhor que um europeu", explicou Geir Lippestad ao jornal Dagens Naeringsliv.

O tribunal de Oslo já designou os psiquiatras noruegueses Synne Soerheim e Torgeir Husby para que determinem se Behring Breivik, que segundo seu advogado é um "demente", é penalmente responsável pelos fatos.

"Não me disse nada sobre se vai se recusar a falar com eles", disse Lippestad, um advogado membro do partido trabalhista escolhido por Behring Breivik, referindo-se aos exames que serão realizados pelos médicos noruegueses.

Thomas Heggamer, um especialista norueguês em terrorismo e islamismo, destacou em uma recente entrevista à AFP que Behring Breivik, em seu manifesto de 1.500 páginas publicado antes do duplo ataque, mostrava-se "fascinado por Japão e Coreia", além de declarar-se em guerra contra o islã.

Segundo as primeiras informações conhecidas sobre a personalidade do autor confesso dos ataques, vários psiquiatras perguntados pela AFP estimaram provável que Behring Breivik seja considerado penalmente responsável, o que permitiria iniciar um processo judicial e condená-lo a uma pena de prisão, em vez de interná-lo em um hospital psiquiátrico.

Acompanhe tudo sobre:DoençasDoenças mentaisEuropaMassacresNoruegaPaíses ricos

Mais de Mundo

Ucrânia realiza ataque a bombardeiros russos com capacidade nuclear na Sibéria

Polônia vota em segundo turno presidencial entre um pró-europeu e um nacionalista

Sobe para 31 número de mortos por tiros perto de um ponto de distribuição de ajuda em Gaza

EUA diz que enviou proposta de acordo 'aceitável' sobre programa nuclear do Irã