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Atentados no Iraque deixam ao menos 18 mortos

A campanha eleitoral de 12 das 18 províncias iraquianas transcorre em um clima tenso e pelo menos 11 candidatos morreram desde o fim de fevereiro


	Destruição causada por atentado em Bagdá: A insurgência sunita, da qual a Al-Qaeda faz parte, costuma atacar a comunidade xiita, majoritária no país, para desestabilizar o governo xiita
 (REUTERS/Mohammed Ameen)

Destruição causada por atentado em Bagdá: A insurgência sunita, da qual a Al-Qaeda faz parte, costuma atacar a comunidade xiita, majoritária no país, para desestabilizar o governo xiita (REUTERS/Mohammed Ameen)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2013 às 14h38.

Ao menos 18 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas em quatro atentados com carros-bomba praticados nesta sexta-feira contra mesquitas xiitas de Bagdá e Kirkuk (norte), informaram fontes médicas e dos serviços de segurança.

As explosões ocorreram no intervalo de uma hora na capital iraquiana e em Kirkuk, 240 km ao norte de Bagdá.

Estes novos atentados são registrados a menos de um mês para as eleições de 20 de abril em 12 das 18 províncias iraquianas.

A campanha eleitoral transcorre em um clima tenso e pelo menos 11 candidatos morreram desde o fim de fevereiro, segundo um balanço da AFP.

Em Bagdá, os atentados ocorreram diante de mesquitas nos bairros de Jihad, Qahira, Zafraniya e Binuk, deixando 14 mortos.

Segundo um jornalista da AFP, o bairro que abriga a mesquita xiita de Qahira, no nordeste de Bagdá, estava cercado pelo Exército. Ao menos três pessoas faleceram nesse ataque. As pessoas choravam e era possível ver poças de sangue e destroços na calçada ao longo de dezenas de metros, contou.

Em Kirkuk, uma cidade situada em uma faixa de território disputada pela região autônoma do Curdistão e pelo governo iraquiano, outro atentado deixou quatro mortos e 72 feridos, segundo Sadiq Omar Rasul, diretor dos serviços médicos provinciais.

"Eu rezava na mesquita quando uma enorme explosão ocorreu e o teto desabou", contou à AFP Salim Aziz al-Bayati, um dos fiéis feridos no atentado.

"Vi o imã caído no chão. Todo mundo estava coberto de sangue. Quando (os serviços de emergência) chegaram, o fogo atingia a mesquita, casas e carros", acrescentou.

As autorias dos atentados não foram reivindicadas. A insurgência sunita, da qual a Al-Qaeda no Iraque faz parte, costuma atacar as forças de segurança e a comunidade xiita, majoritária no país, para tentar desestabilizar o governo do primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki.

O primeiro-ministro também enfrenta críticas da minoria sunita, que se considera marginalizada por sua política.

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