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Atentados e ataque contra ministério matam 18 no Iraque

O novo episódio de violência ocorre a poucos dias do décimo aniversário da invasão do país pelas tropas americanas


	Policial iraquiano monta guarda em local de explosão em Bagdá em maio de 2012: a violência continua a ser endêmica no Iraque
 (Ali al-Saadi/AFP)

Policial iraquiano monta guarda em local de explosão em Bagdá em maio de 2012: a violência continua a ser endêmica no Iraque (Ali al-Saadi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 13h14.

Bagdá - Ao menos 18 pessoas morreram nesta quinta-feira em uma série de atentados com bomba na hora do almoço em plena Bagdá e em um ataque por homens armados contra o ministério da Justiça, localizado a poucas centenas de metros da "Zona verde", a área de maior segurança da capital.

Este novo episódio de violência ocorre a poucos dias do décimo aniversário da invasão do país pelas tropas americanas.

O ataque ao ministério ainda não foi reivindicado, mas os grupos armados sunitas, entre eles a Al-Qaeda, atacam regularmente as forças de segurança e os representantes do governo do xiita Nuri al-Maliki.

Três explosões, ataques com carros-bomba, segundo fontes da segurança iraquiana consultadas pela AFP, atingiram o bairro de Allawi, que abriga os ministérios das Relações Exteriores, da Cultura e da Justiça, às 13h30 (7h30 no horário de Brasília).

Testemunhas relataram que tiros foram disparados imediatamente após as explosões.

Ao mesmo tempo, homens armados "tentaram entrar no prédio do ministério da Justiça", explicou à AFP Sabah Nuri, porta-voz do serviço iraquiano de luta contra o terrorismo, sem ser capaz de dizer se os homens conseguiram entrar no edifício.

O ministério está localizado a cerca de 200 metros de um dos acessos à "Zona Verde", que abriga o Parlamento e muitas embaixadas.

Um funcionário do ministério do Interior, que pediu anonimato, e fontes médicas informaram que pelo menos 18 pessoas foram mortas e 30 ficaram feridas nesta quinta-feira, mas não especificaram em quais ataques.

Uma fonte do centro de Comando de Operações de Bagdá, que supervisiona a polícia e o exército, declarou à AFP que "três atacantes foram mortos" no edifício.


De acordo com Haider al-Saadi, porta-voz do ministério da Justiça, "todos os funcionários saíram ilesos do ataque. Confrontos ocorreram em frente ao prédio após as explosões de carros-bomba".

Três horas depois do ataque, um jornalista AFP informou que as estradas que levam ao ministério tinham sido fechadas para o tráfego. Segundo ele, havia muita fumaça saindo do complexo ministerial e os bombeiros conseguiram controlar o incêndio no interior. Os jornalistas foram obrigados a deixar o bairro.

Este foi o episódio mais violento desde o início de março. No mês passado, 220 pessoas morreram em meio à violência no Iraque, segundo um balanço feito pela AFP com base em fontes dos ministérios do Interior e da Saúde.

A violência continua a ser endêmica no Iraque, apesar de ter em grande parte diminuído desde os anos mais sombrios do conflito sectário de 2006-2008.

Os insurgentes têm como principais alvos a polícia, o exército, a comunidade xiita, mas também os iraquianos envolvidos na política local ou nacional.

No início da manhã desta quinta-feira, uma bomba atingiu um candidato na eleição provincial de abril. Khaled al-Hussein Daraji estava de carro quando a bomba magnética fixada em seu veículo explodiu, matando o motorista. Daraji sofreu apenas ferimentos leves.

E ao norte de Bagdá, o xeque sunita Qais Abdul Karim al-Janabi foi sequestrado com seis membros de sua família, incluindo seu filho, Abdul Karim, também um candidato para a eleição em abril.

Estas eleições, e a campanha que as precede, ocorrem em um contexto tenso. Desde final de dezembro, manifestações são organizadas nas regiões onde a maioria sunita exige a renúncia de Maliki e o fim da "marginalização" da qual eles se consideram vítimas.

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