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Atentados deixam 4 feridos em Bangcoc em meio à reunião internacional

Reunião de ministros das Relações Exteriores da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), com a presença dos chanceleres americano, russo e chinês

Bombas na Tailândia: Investigação policial no local de uma das explosões (AFP/AFP)

Bombas na Tailândia: Investigação policial no local de uma das explosões (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 2 de agosto de 2019 às 09h26.

Última atualização em 2 de agosto de 2019 às 09h31.

Várias bombas pequenas explodiram nesta sexta-feira em Bangcoc e deixaram quatro feridos, no momento em que a capital tailandesa recebe uma reunião regional que tem a presença do secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

Seis explosões foram confirmadas e quatro pessoas ficaram levemente feridas nos ataques, que utilizaram bombas artesanais.

A Tailândia, acostumada com a violência política e os golpes de Estado, permanece profundamente dividida após as polêmicas eleições de março que levaram o ex-chefe da junta militar Prayut Chan-O-Cha ao comando de um governo civil.

Os motivos do ataque não foram determinados e as autoridades evitam qualquer tipo de especulação.

O primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-O-Cha, foi informado sobre uma série de "atentados com bomba e ordenou uma investigação imediata", declarou a porta-voz do governo, Narumon Pinyosinwat, que anunciou o reforço das medidas de segurança.

"Devemos demonstrar nosso esforço coletivo para lutar contra aqueles que têm a intenção de prejudicar o país", afirmou Prayut Chan-O-Cha nas redes sociais, antes de pedir à população que "não entre em pânico" e "coopere" com as autoridades.

Duas explosões aconteceram no centro da capital, perto da torre Mahanakorn, que pertence ao grupo King Power, proprietário do clube de futebol britânico Leicester City.

Outras quatro explosões aconteceram na cidade, três delas em uma área próxima a um complexo governamental, segundo as autoridades.

"Ainda não sabemos quantas pessoas estão envolvidas", afirmou o vice-primeiro-ministro Prawit Wongsuwon, antes de acrescentar que os ataques "tinham provavelmente como objetivo semear a confusão".

Os atentados aconteceram no momento em que Bangcoc recebe a reunião dos ministros das Relações Exteriores dos países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), com as presenças dos chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Rússia e China.

As explosões ocorreram antes de um discurso do secretário de Estado americano Mike Pompeo, presente em Bangcoc para tentar contra-atacar a influência chinesa na região.

O contexto político é tenso na Tailândia, poucas semanas após a chegada ao poder de Prayut Chan-O-Cha, cuja vitória nas urnas era praticamente certa em função da nova Constituição adotada em 2017 e que concede ao exército a nomeação de 250 senadores.

A oposição denunciou várias fraudes nas eleições.

Em 2009, a reunião de governantes da ASEAN na Tailândia foi cancelada depois que manifestantes do movimento "camisas vermelhas" invadiram o hotel em que acontecia o evento, na estação balneária de Pattaya.

Alguns governantes foram retirados do local em helicópteros do exército tailandês, enquanto outros partiram de barco.

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