Cabul - Pelo menos um civil morreu e outros 31 ficaram feridos nesta segunda-feira depois que um talibã, que também faleceu, detonou explosivos em um carro durante a passagem de um veículo da Otan perto do aeroporto internacional de Cabul.

A explosão ocorreu no começo da manhã na área de Hawa Shinasi, perto do aeroporto internacional Hamid Karzai da capital afegã, afirmou em sua conta oficial do Twitter o porta-voz do Ministério do Interior afegão, Sediq Sediqqi.

"Um civil morreu e outros quatro ficaram feridos pela explosão do carro-bomba", detalhou o porta-voz, que garantiu que os mortos foram levados a um hospital.

No entanto, um porta-voz do Ministério da Saúde afegão, Muhammad Ismail Kawusi, revelou à Agência Efe que o número total de feridos é de 31, entre eles oito crianças, e acrescentou que todos eles se encontram "estáveis".

Por sua vez, o vice-porta-voz do Ministério do Interior, Najeeb Danish, explicou à Efe que o alvo do atentado era "um comboio das tropas estrangeiras", embora não pôde concretizar se causou alguma vítima entre os membros da Otan.

O escritório de Imprensa da Aliança Atlântica garantiu que embora têm conhecimento do ataque e não acredita que "haja ninguém da missão Apoio Decidido (da Otan no Afeganistão) envolvida" no atentado.

Os talibãs reivindicaram a ação em comunicado no qual seu porta-voz, Zabiullah Mujahid, afirmou que as "tropas invasoras foram atacadas em uma área militar do aeroporto" por um de seus insurgentes, Abdul Sattar, que "abraçou o martírio".

Segundo Mujahid, no ataque morreram dez estrangeiros e três afegãos que trabalhavam para a Otan no aeroporto, embora os talibãs costumam exagerar no alcance de suas ações, e reconheceram que alguns civis ficaram feridos pela forte explosão.

Este atentado foi perpetrado uma semana depois que em outro ataque similar contra um comboio das tropas afegãs e internacionais nas imediações do Aeroporto de Bagram, principal base militar dos EUA no Afeganistão, morreram seis membros da Otan e outros três ficaram feridos.

A Otan anunciou que manterá cerca de 12 mil soldados no Afeganistão durante 2016 em sua operação de assessoria às forças afegãs, o triplo de sua presença atual, perante a situação de insegurança no país.

Os Estados Unidos, por sua parte, tem cerca de 9,8 mil soldados no país asiático, dos que quase a metade permanecerão além do final do mandato do presidente Barack Obama, em janeiro de 2017.