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Atentado deixa três mortos em shopping de Bogotá

Ao menos outras nove pessoas ficaram feridas após a explosão de um banheiro do shopping, que fica em uma região turística

Pessoas dentro de shopping center após a explosão de um banheiro, em Bogotá, na Colômbia  (Juan Dario via Reuters/Reuters)

Pessoas dentro de shopping center após a explosão de um banheiro, em Bogotá, na Colômbia (Juan Dario via Reuters/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de junho de 2017 às 09h52.

Ao menos três pessoas morreram e nove ficaram feridas neste sábado em um atentado com explosivos contra um shopping do norte de Bogotá, informaram o prefeito da cidade e a clínica que atendeu as vítimas.

Segundo o prefeito Enrique Peñalosa, o ataque matou a francesa Julie Huynh, de 23 anos.

Posteriormente, a Clínica do Country revelou que "as pacientes Ana María Gutiérrez (27 anos) e Lady Paola Jaimes Ovalle (31) faleceram em consequência das lesões sofridas", e que quatro feridos estão em estado crítico.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, repudiou o ataque e ordenou ao diretor da Polícia Nacional, general Jorge Nieto, uma exaustiva investigação para determinar a origem da explosão.

"Minha mais enérgica condenação ao atentado no CC Andino. Regressando a Bogotá neste momento para ficar à frente da situação", escreveu Santos no Twitter.

A delegação de paz do Exército de Libertação Nacional (ELN), em Quito, repudiou o atentado e manifestou sua solidariedade com as vítimas.

Em mensagem no Twitter, o ELN pediu que as autoridades investiguem a fundo para identificar os responsáveis, e afirmou que a organização "jamais faria ações com o objetivo de atingir a população civil".

Segundo a polícia, a explosão ocorreu às 17H00 local (19H00 Brasília) em um banheiro do shopping, situado na turística Zona T, muito frequentada por estrangeiros.

Julie Huynh estava na Colômbia para "prestar serviço social em um colégio de um bairro popular de Bogotá durante seis meses", disse Penalosa aos jornalistas.

"Efetivamente, trata-se de uma jovem francesa de 23 anos, que lamentavelmente faleceu no atentado", confirmou o embaixador da França, Gautier Mignot, acrescentando que "aparentemente a jovem estava acompanhada de sua mãe".

O diretor da Polícia Nacional, general Jorge Nieto, disse à imprensa que "um artefato" foi colocado "atrás de uma das privadas do banheiro feminino".

"Formamos uma equipe para realizar todas as investigações preliminares" e "estamos adotando medidas preventivas", acrescentou Nieto.

Após a explosão, funcionários e clientes do shopping Andino foram retirados do local, enquanto policiais, bombeiros e paramédicos vistoriavam o local, constatou a AFP.

"Estávamos atendendo clientes quando escutamos a explosão, no segundo piso", disse à AFP Michael Montoya, que trabalha na Nicolukas, no terceiro piso.

"Descemos para ver o que tinha acontecido e tinha gente ensanguentada, chorando. Foi no banheiro porque só saíam mulheres chorando. Havia muita fumaça e os seguranças retiraram todos".

O prefeito Peñalosa avaliou que ainda é cedo para afirmar que "um grupo é responsável pelo atentado, mas claramente foi um atentado terrorista covarde".

A Colômbia vive um conflito armado de mais de meio século envolvendo guerrilheiros, paramilitares eagentes do estado, que já deixou 260 mil mortos, 60 mil desaparecidos e 7,1 milhões de deslocados.

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