Guerra na Ucrânia: presidente Volodimir Zelensky denunciou um ataque "desprezível e cínico" (Aris Messinis/AFP/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 4 de abril de 2024 às 10h04.
Seis pessoas morreram e mais de 10 ficaram feridas em uma série de ataques noturnos das forças russas contra Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, informaram as autoridades nesta quinta-feira.
Três funcionários das equipes de emergência morreram em um segundo impacto contra um prédio residencial em um "distrito densamente habitado de Kharkiv", escreveu no Telegram o prefeito Igor Terejov. Ele também informou que 12 pessoas ficaram feridas nos ataques noturnos.
O presidente Volodimir Zelensky denunciou um ataque "desprezível e cínico". Os três paramédicos, todos homens, tinham 32, 41 e 52 anos, segundo o ministro do Interior, Igor Klimenko.
Este tipo de ação, denominada "ataque duplo", consiste em bombardear um local uma primeira vez e depois pela segunda vez quando os serviços de emergência chegam ao local.
Uma mulher de 68 anos faleceu em um ataque com drone contra outro edifício, segundo a polícia. Um homem que estava em um trator também morreu em um bombardeio russo, segundo o governador regional de Kharkiv, Oleg Sinegubov.
Na região vizinha de Sumy, um homem de 47 anos – funcionário de uma rede de distribuição de gás – morreu em outro bombardeio russo, segundo o Ministério da Energia.
A Força Aérea da Ucrânia relatou um ataque russo com "20 Shahed", drones explosivos desenvolvidos pelo Irã, na região de Kharkiv. Onze drones foram "destruídos" pela defesa aérea.
Uma instalação de energia foi atingida pelos ataques nesta região, segundo o governo. As cidades ucranianas são alvos de ataques russos quase todas as noites, em particular Kharkiv, perto da fronteira nordeste.
As autoridades ucranianas pedem aos aliados ocidentais que enviem mais sistemas defesa antiaérea, em particular os modernos Patriot de fabricação americana.
A ajuda dos Estados Unidos à Ucrânia estagnou e um pacto de assistência, de 60 bilhões de dólares, está bloqueado no Congresso americano.