Mundo

Ataques já mataram 143 na Nigéria

Ataques com bombas contra forças de segurança provocaram o caos na região

Governo impôs toque de recolher de 24 horas na cidade de maioria muçulmana (Wikimedia Commons)

Governo impôs toque de recolher de 24 horas na cidade de maioria muçulmana (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2012 às 09h03.

Kano, Nigéria - O número de mortos na violência em Kano, na Nigéria, subiu ontem para 143. Na sexta-feira, ataques coordenados com bombas contra as forças de segurança e tiroteios provocaram o caos na região. Ontem, as ruas da segunda maior cidade nigeriana amanheceram cheias de cadáveres.

As primeiras informações, na sexta-feira, falavam em 28 mortos, mas ontem, no necrotério de Kano, já haviam chegado cerca de 143 corpos, em sua maioria com marcas de tiros. Do lado de fora, centenas de pessoas aguardava para recolher os parentes.

O governo impôs um toque de recolher de 24 horas em Kano, localizada no norte do país, de maioria muçulmana. Segundo autoridades locais, pelo menos delegacias de polícia, escritórios de imigração e edifícios do governo, um prédio do serviço secreto, foram os principais alvos da ação, atribuída ao grupo terrorista islâmico Boko Haram.

No ano passado, o grupo realizou três atentados de grande porte. Durante as eleições presidenciais de abril, 16 pessoas morreram em um ataque a um centro de votação. Em agosto, o grupo atacou um escritório da ONU em um prédio de cinco andares na capital, Abuja. A ofensiva deixou 24 mortos.

Em novembro, na ação mais violenta do ano, militantes armados abriram fogo em Damaturu, matando mais de cem pessoas. Ao todo, em 2011, o Boko Haram, que no idioma hausa, falado no norte nigeriano, significa "A educação Ocidental é pecado", matou mais de 500 pessoas na Nigéria. Na última década, estima-se que os conflitos tenham deixado 12 mil vítimas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaNigériaTerrorismo

Mais de Mundo

Governo da Venezuela diz que María Corina Machado 'fugiu para a Espanha', mas opositora nega

Apoiadores de Evo Morales querem radicalizar protestos contra possível prisão do ex-presidente

Biden anuncia pacote de ajuda militar de US$ 425 milhões à Ucrânia

Seca decorrente de mudanças climáticas faz tráfego cair 29% no Canal do Panamá