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Ataques do regime e de rebeldes deixam 23 mortos em Damasco

Mais de 200 mil pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em março de 2011, segundo a ONU


	Destruição: ao menos 75 projéteis foram lançados de forma indiscriminada por "terroristas infiéis", diz porta-voz de ministério
 (Bassam Khabieh/Reuters)

Destruição: ao menos 75 projéteis foram lançados de forma indiscriminada por "terroristas infiéis", diz porta-voz de ministério (Bassam Khabieh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 15h42.

Damasco/Beirute - Pelo menos 42 pessoas morreram e 190 ficaram feridas nesta quinta-feira pelo impacto de foguetes lançados pelos rebeldes e bombardeios do regime sírio em Damasco e sua periferia, informaram fontes oficiais e ativistas.

Um porta-voz do Ministério do Interior disse à Agência Efe que pelo menos sete pessoas morreram e 50 ficaram feridas na capital pela queda de pelo menos 75 projéteis lançados de forma indiscriminada por "terroristas infiéis".

Um foguete atingiu a igreja de Zeituna, na parte antiga da cidade; outros três caíram perto da mesquita dos Omíadas; dez nas proximidades dos hotéis Four Seasons e Cham Palace; cinco em bairros de maioria cristã; e dezenas nos arredores de centros universitários. Um míssil também atingiu os arredores do edifício da agência de notícias oficial "Sana".

O barulho dos foguetes começou a ser escutado desde o início da manhã em Damasco, onde também foram vistos aviões das forças aéreas voando baixo para atacar as plataformas de lançamento de foguetes na região de Ghouta Oriental, principal reduto da oposição nos arredores da capital.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos reduziu o número de vítimas em Damasco para cinco e disse que houve vários feridos após foguetes disparados pelo insurgente Exército do Islã da Ghouta Oriental.

Nessa região dos arredores da capital síria, a aviação governamental efetuou 40 bombardeios contra as localidades de Duma e Arbin, onde pelo menos 35 pessoas perderam a vida, entre elas quatro menores, e 140 ficaram feridas, segundo a ONG.

Há dois dias, o líder do Exército do Islã, Zahran Alloush, emitiu um comunicado em que declarava a capital como "zona militar".

Alloush afirmou que adotou a medida "em resposta aos bombardeios executados pelo regime na cidade de Duma e em outras localidades de Ghouta Oriental, e devido à concentração de quartéis militares, centros de segurança, complexos de defesa, plataformas de lançamento de foguetes e bases policiais na capital".

O líder pediu aos "civis, membros de missões diplomáticas e alunos de colégios e universidades" que não se aproximem de nenhum quartel do regime ou postos de controle desde a manhã desta quarta-feira até novo aviso.

Mais de 200 mil pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em março de 2011, segundo a ONU. 

Atualizado às 16h41.

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