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Ataques de Israel tiveram 'impacto direto' na maior usina nuclear do Irã, diz ONU

Natanz foi alvo de diversos bombardeios israelenses desde o início do conflito, na semana passada

Vista aérea do complexo nuclear de Natanz, no centro do Irã: usina é um dos principais centros do programa nuclear da República Islâmica.  (AFP/AFP)

Vista aérea do complexo nuclear de Natanz, no centro do Irã: usina é um dos principais centros do programa nuclear da República Islâmica.  (AFP/AFP)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 17 de junho de 2025 às 14h32.

A Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) afirmou nesta terça-feira, 17, que ataques israelenses tiveram "impactos diretos" na parte subterrânea na usina nuclear de Natanz, a maior do Irã.

"Irã: com base na análise contínua de imagens de satélite em alta resolução coletadas após os ataques de sexta-feira, a AIEA identificou elementos adicionais que indicam impactos diretos nos salões subterrâneos de enriquecimento [de urânio] em Natanz. Não há mudanças a relatar [nas usinas nucleares] em Esfahan e Fordow", disse agência em comunicado.

É a primeira vez que a ONU reportou impactos diretos às centrífugas de enriquecimento de urânio em Natanz, o que aumenta o risco de vazamento nuclear. Estima-se que a maior usina iraniana tenha cerca de 15 mil centrífugas em funcionamento.

Natanz foi alvo de diversos bombardeios israelenses desde o início do conflito, na semana passada. Na última sexta, o Exército israelense afirmou ter causado "grandes danos" ao complexo.

A AIEA, que atua como regulador de programas nucleares ao redor do mundo, havia alertado nos últimos dias sobre o risco de contaminação nuclear e química em decorrência dos ataques israelenses. Os níveis de radiação fora do complexo, no entanto, permanecem normais.

Confronto no 5º dia

Na madrugada desta terça, a imprensa iraniana informou que explosões foram registradas na capital Teerã. Bombardeios também foram reportados em Natanz, a cerca de 320 km da capital. Com a escalada de tensões, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antecipou sua saída da cúpula do G7 no Canadá e decidiu voltar para Washington. Ele fez ameaças indiretas ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, e reforçou a presença militar dos EUA no Oriente Médio.

Já em Israel, sirenes de alerta soaram após a meia-noite. Em Tel Aviv, foram ouvidas explosões causadas por novos ataques do Irã, segundo autoridades israelenses.

O governo iraniano afirma que a ofensiva israelense provocou 224 mortes no país, sendo a maioria civis. Do lado israelense, as autoridades declararam que os ataques mataram 24 civis e afetaram mais de 3 mil pessoas.

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