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Ataques das tropas de Kadafi a Misrata deixam 17 mortos

Exércitos do governo dispararam mísseis Grad e projéteis com carros de combate contra a cidade

Rebeldes acusaram as forças fiéis a Kadafi de continuar utilizando bombas de fragmentação em suas ofensivas (Chris Hondros/Getty Images)

Rebeldes acusaram as forças fiéis a Kadafi de continuar utilizando bombas de fragmentação em suas ofensivas (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2011 às 06h47.

Argel - Pelo menos 17 pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas nas últimas horas nos intensos bombardeios das forças leais ao regime do coronel Muammar Kadafi contra a cidade de Misrata, informaram hoje fontes das forças rebeldes à rede de televisão "Al Jazeera".

As mesmas fontes assinalaram que os seguidores de Kadafi dispararam mísseis Grad e projéteis com carros de combate contra a localidade, após uma noite sem novos ataques.

Um morador da cidade, a terceira maior do país e sob assédio há sete semanas, explicou que as forças governamentais atacam voluntariamente os bairros residenciais, com mulheres e crianças como principais vítimas.

Além disso, os bombardeios tentam acabar de forma sistemática com as estruturas econômicas da localidade, como as fábricas de produtos alimentícios e lácteos, que ficaram totalmente destruídas pelas bombas nas últimas 24 horas "em uma tentativa evidente de aumentar a fome da população.

Os fiéis a Kadafi bombardeiam Misrata, de forma ininterrupta, desde quinta-feira passada, ao amanhecer e durante a noite, enquanto de dia se escondem para escapar dos ataques das forças da Otan, segundo os rebeldes.

Segundo um balanço estabelecido em função dos habitantes da cidade e dos testemunhos de membros dos serviços de socorro e médicos divulgados pela "Al Jazeera", mais de 70 pessoas, cinco delas cidadãos egípcios, morreram em Misrata desde quinta-feira passada, enquanto mais de 150 ficaram feridas.

Os rebeldes acusaram as forças fiéis a Kadafi de continuar utilizando bombas de fragmentação em sua agressão contra Misrata, ao assegurar que têm "provas irrefutáveis", o que foi desmentido pelo Governo líbio.

Trípoli reitera suas acusações de que os rebeldes em Misrata estão vinculados a Al Qaeda.

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