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Ataques com vítimas civis na Síria são inaceitáveis, diz ONU

Mais de 50 civis morreram no domingo na sequência de ataques aéreos e de artilharia contra um reduto das forças opositoras


	Síria: “Este é um trágico sinal sobre a urgência de encontrar uma solução política e de garantir um cessar-fogo em todo o país"
 (Bassam Khabieh/ Reuters)

Síria: “Este é um trágico sinal sobre a urgência de encontrar uma solução política e de garantir um cessar-fogo em todo o país" (Bassam Khabieh/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 12h52.

O responsável da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Assuntos Humanitários considerou hoje (14) que são inaceitáveis os ataques com vítimas civis na capital síria, Damasco, ou na sua proximidade, um dia após mais de 50 pessoas terem morrido.

“Estes ataques indiscriminados são inaceitáveis”, afirmou o secretário-geral adjunto para os Assuntos Humanitários, das Nações Unidas, Stephen O'Brien, em conferência de imprensa, no final de uma visita de três dias à Síria.

Mais de 50 civis morreram no domingo na sequência de ataques aéreos e de artilharia contra um reduto das forças opositoras, a leste de Damasco, e devido a tiroteios dos rebeldes na capital síria.

“Este é um trágico sinal sobre a urgência de encontrar uma solução política e de garantir um cessar-fogo em todo o país”, declarou O’Brien.

Na Síria, o responsável encontrou-se com habitantes de Waer, um bairro na cidade central de Homs, onde os rebeldes e o regime acataram recentemente um cessar-fogo mediado pela ONU.

O chefe da ajuda humanitária das Nações Unidas também se reuniu com o ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Walid Muallem, e com outros responsáveis.

O’Brien adiantou que a ONU conseguiu entregar equipamentos salva-vidas naquela região, pela primeira vez desde o início do ano.

Segundo o responsável, dos seis milhões de crianças deslocadas dentro da Síria, três quartos não têm acesso a água potável e dois milhões não frequentam a escola.

“Esta situação é inaceitável. Uma mancha na nossa consciência coletiva”, afirmou.

A Síria é, há mais de quatro anos, palco de um conflito que já causou a morte de mais de 250 mil pessoas, segundo a contagem o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

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