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Ataques armados deixam ao menos 16 civis mortos no Sudão do Sul

Os ataques e tiroteios teriam sido perpetrados por "um grupo desconhecido que tem como objetivo desestabilizar a segurança e saquear os mercados"

Sudão do Sul: a Cruz Vermelha pediu em um comunicado respeito às vítimas civis (Trevor Snapp/AFP)

Sudão do Sul: a Cruz Vermelha pediu em um comunicado respeito às vítimas civis (Trevor Snapp/AFP)

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EFE

Publicado em 10 de abril de 2017 às 14h25.

Juba - Pelo menos 16 civis morreram nesta segunda-feira em ataques armados em bairros periféricos da cidade de Wau, no Sudão do Sul, de acordo com fontes locais.

O vice-governador do estado de Wau, onde se localiza a cidade de mesmo nome, Antony Charles Barandy, explicou que houve ataques e tiroteios perpetrados por "um grupo desconhecido que tem como objetivo desestabilizar a segurança e saquear os mercados".

Várias testemunhas disseram que viram um grupo de civis armados que abriu fogo de forma indiscriminada, supostamente para vingar a morte de um líder militar do estado de Wau.

O militar, pertencente à tribo dinka, morreu ontem em uma emboscada dos rebeldes nos arredores da cidade.

Por sua vez, a Cruz Vermelha pediu em um comunicado respeito às vítimas civis e que seja permitida sua transferência aos centros médicos para receber atendimento.

A tribo dinka é maioritária no Sudão do Sul e a ela pertence o presidente Salva Kiir, cujas forças armadas foram acusadas de atacar e assassinar membros de outras etnias.

O país africano é palco de um conflito civil desde dezembro de 2013, quando Kiir acusou seu vice-presidente, Riek Machar, da etnia nuer, de orquestrar um golpe de Estado para derrubá-lo.

A comissão do Conselho de Direitos Humanos da ONU para Sudão do Sul denunciou em um relatório em março que está ocorrendo "um processo de limpeza étnica" no país, além de outros crimes e violações dos direitos humanos, inclusive abusos sexuais.

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