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Ataques aéreos dos EUA atingem afiliada da Al Qaeda na Síria

Um ataque a uma base próxima da cidade de Aleppo, no norte, matou pelo menos seis combatentes da Al-Nusra, relatou Observatório


	Al-Nusra: foi a segunda vez que a frente foi alvejada na campanha aérea encabeçada pelos EUA
 (Baraa al-Halabi/AFP)

Al-Nusra: foi a segunda vez que a frente foi alvejada na campanha aérea encabeçada pelos EUA (Baraa al-Halabi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 14h55.

Amã - A coalizão liderada pelos Estados Unidos e criada para combater o Estado Islâmico bombardeou a Frente Al-Nusra, ligada à Al Qaeda, e outra facção radical no noroeste da Síria de quarta para quinta-feira, disseram rebeldes e moradores nesta quinta-feira.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo de monitoramento sediado em Londres, afirmou que uma série de ataques aéreos visaram a Frente Al-Nusra, inclusive na província de Idlib, no noroeste sírio, onde na semana passada a organização arrasou com rebeldes sírios apoiados pelo Ocidente.

Um ataque a uma base próxima da cidade de Aleppo, no norte, matou pelo menos seis combatentes da Al-Nusra, relatou o Observatório, acrescentando que o grupo islâmico extremista Ahrar al-Sham também foi atingido de quarta para quinta-feira.

Os EUA confirmaram ainda que conduziram ataques aéreos na Síria contra militantes do grupo Khorasan, ligado à Al Qaeda, afirmando que o grupo estava planejando atacar a Europa e os Estados Unidos.

"Tomamos ação decisiva para proteger nossos interesses e remover a capacidade deles de agir", disse o Comando Central de Controle dos EUA em comunicado nesta quinta-feira.

O órgão afirmou que os ataques, realizados pelas Forças Armadas dos EUA contra cinco alvos do Khorasan, "resultaram nos efeitos desejados de atingir terroristas".

SEGUNDO ATAQUE

Foi a segunda vez que a Frente Al-Nusra, há muito tempo uma das facções mais eficazes no combate ao presidente sírio, Bashar al-Assad, foi alvejada na campanha aérea encabeçada pelos EUA, lançada para “degradar e destruir” o Estado Islâmico – grupo islâmico linha-dura independente que se desentendeu com a afiliada da Al Qaeda.

Acredita-se que vários comandantes foram mortos nos primeiros ataques contra a Al-Nusra em setembro, incluindo o kuwaitiano Mohsin al-Fadhli – também conhecido como Abu Asmaa al-Jazrawi – reputado como ex-membro do círculo íntimo de Osama bin Laden.

Nesta quinta-feira, moradores disseram que uma das incursões aéreas mirou um carro usado por comandantes da Al-Nusra perto de um café na cidade de Sarmada, controlada pela Al-Nusra e próxima da fronteira turca.

"PRECISÃO"

Um rebelde de outro grupo com apoio ocidental que opera no norte da Síria confirmou os ataques por ar contra a Frente Al-Nusra e o Ahrar al-Sham, e afirmou que eles ocorreram perto da uma da manhã no horário local.

“A força dos ataques e sua precisão confirmam que foram realizados pela aliança”, declarou o rebelde, falando sob condição de anonimato. O veículo atingido levava munição, disse.

A Al-Nusra, que juntamente com seus aliados vem tentando retirar seu nome da lista de terroristas da Organização das Nações Unidas (ONU), foi pega de surpresa quando os aviões de guerra da coalizão bombardearam várias de suas posições durante os ataques iniciais de setembro.

Na semana passada, o grupo tomou porções de Idlib das mãos de Jamal Maarouf, líder rebelde apoiado pelo Ocidente e chefe da Frente dos Revolucionários da Síria, no norte do país, confiscando suas armas, e ocupou posições do Movimento Hazzm Movement, que também recebe amparo ocidental e árabe.

Maarouf, que comanda uma das maiores formações rebeldes não-islâmicas, declarou em um testemunho em vídeo que seu grupo abandonou vilarejos pra evitar baixas civis.

A retirada é um grande golpe nos adversários não-islâmicos de Assad, que tem sofrido diante de grupos mais bem armados e equipados como a Frente Al-Nusra e o Estado Islâmico.

Os EUA planejam ampliar seu apoio militar ao que descrevem como oposição moderada a Assad como parte de sua estratégia contra o Estado Islâmico na Síria.

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