Mundo

Ataques a acampamento opositor em Bangcoc deixam 3 mortos

Outras 24 pessoas ficaram feridas


	Manifestante anti-governo brinca com um militar durante protesto em Bancoc: os manifestantes exigem uma reforma do sistema político que consideram corrupto 
 (REUTERS/Chaiwat Subprasom)

Manifestante anti-governo brinca com um militar durante protesto em Bancoc: os manifestantes exigem uma reforma do sistema político que consideram corrupto  (REUTERS/Chaiwat Subprasom)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 06h34.

Bangcoc - Pelo menos três pessoas morreram e 24 ficaram feridas por causa de vários ataques contra o acampamento antigovernamental instalado nas cercanias do Monumento para a Democracia em Bangcoc, informaram nesta quinta-feira os serviços médicos e a imprensa local.

Vários homens montados em uma caminhonete abriram fogo com fuzis de assalto M16 nesta madrugada contra o pessoal de segurança e manifestantes na intersecção de Khok Hwa.

Cinco minutos depois do tiroteio, duas granadas M79 foram lançadas contra o acampamento do grupo antigovernamental, segundo jornal 'Bangcoc Post'.

Um manifestante de 21 anos foi atingido no peito e no estômago por disparos, enquanto um guarda de segurança, de 51 anos, foi baleado no peito e na perna. Os dois morreram no local do incidente.

A terceira vítima fatal, cujos dados ainda não foram revelados, morreu durante esta manhã no hospital onde estava internada pelos ferimentos sofridos durante os incidentes violentos, informou o jornal 'The Nation'.

Com estas já são 28 mortos e mais de 800 feridos desde que as manifestações antigovernamentais ganharam força e começaram as invasões de ministérios no dia 25 de novembro de 2013.

O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, vice-primeiro-ministro com o Partido Democrata entre 2008 e 2011, instou o Senado e a Corte Suprema a nomear um novo primeiro-ministro, depois que o Tribunal Constitucional forçou a renúncia da chefe do Executivo, Yingluck Shinawatra, e nove ministros em um caso de abuso de poder.

Os manifestantes exigem que, antes da realização de novos pleitos, aconteça uma reforma do sistema político que consideram corrupto e a serviço dos interesses do ex-primeiro-ministro, Thaksin Shinawata, irmão mais velho de Yingluck, que em 2008 foi condenado à revelia a dois anos de prisão por corrupção e vive no exílio.

Por sua parte, os chamados 'camisas vermelhas', unidos na organização civil Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura e partidários do governo, ameaçaram começar uma guerra civil se perdessem seus direitos democráticos.

A Tailândia se arrasta em uma grave crise desde o golpe militar que derrubou Thaksin em 2006. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaOposição políticaPolítica no BrasilProtestosTailândia

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia