Paquistão: as últimas detonações, que foram registradas na estrada do aeroporto, deixaram um cinegrafista morto e outros três agentes das forças de segurança feridos. (SXC.Hu)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 19h18.
Islamabad - Pelo menos 81 pessoas morreram, incluíndo um cinegrafista e dez policiais, e cerca 150 ficaram feridas em um duplo atentado com bomba ocorrido nesta quinta-feira na cidade paquistanesa de Quetta, informou à Agência Efe uma fonte policial.
Estas explosões, que aconteceram durante as primeiras horas da noite com um intervalo de dez minutos, ocorreram horas depois de outro ataque terrorista que deixou 12 mortos na mesma cidade, capital da província de Baluchistão.
Segundo a fonte consultada pela Efe, as últimas detonações foram registradas na estrada do aeroporto e a primeiraq delas foi provocada por uma bomba que estava em mãos de um terrorista suicida. A imprensa paquistanesa apontou que a segunda bomba explodiu quando os meios de comunicação, membros dos serviços de resgate e soldados das forças de segurança chegaram ao local, por isso que entre os mortos há um cinegrafista, dois policiais e pelo menos quatro enfermeiros.
Segundo a imprensa local, há dezenas de feridos em situação crítica, por isso que não descartaram que o número de mortos possa aumentar ainda mais nas primeiras horas da sexta-feira.
Esta dupla explosão aconteceu cinco horas após outro atentado com bomba na praça de Bachcha Khan, que teve como alvo um posto de controle da guarda de fronteiras, segundo disse à Agência Efe uma fonte policial.
O primeiro atentato provocou a morte de pelo menos 12 pessoas, quase todos civis, salvo dois membros das forças de segurança, e deixou cerca de 20 feridos, segundo dados divulgados pela polícia.
De acordo com um relatório recente do Instituto do Paquistão para Estudos de Paz (PIPS), o Baluchistão foi a região mais golpeada pelo terrorismo em 2012, com 474 incidentes que deixaram 631 mortos.
O Baluchistão é a província mais extensa e menos povoada deste país asiático e, apesar de contar com muitos recursos naturais como gás e minerais, apresenta um dos indicadores de desenvolvimento mais baixos.
Vários grupos armados de corte nacionalista lutam há décadas por obter a independência da região do Paquistão ou uma maior soberania.
Suas táticas costumam consistir em atentados contra as instituições públicas e as forças de segurança do Estado.
Na província, no entanto, também buscam refúgio facções talibãs, um movimento fundamentalista islâmico com uma agenda distinta, mas que também se opõe às autoridades paquistanesas.