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Ataque talibã contra posto militar mata 10 soldados no Afeganistão

O posto de controle foi destruído com explosivos e, em seguida, homens armados invadiram o local e enfrentaram os sobreviventes da detonação

Soldado afegão em Ghazni, Afeganistão, local de uma intensa ofensiva do Talibã (Mohammed Ismail/Reuters)

Soldado afegão em Ghazni, Afeganistão, local de uma intensa ofensiva do Talibã (Mohammed Ismail/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de dezembro de 2019 às 09h56.

Cabul - Pelo menos dez soldados do Exército Nacional do Afeganistão (ANA) foram mortos e outros quatro feridos neste sábado em um ataque dos talibãs contra um posto militar na província de Helmand, no sudoeste do país.

Os talibãs "explodiram um posto de controle do Exército no distrito de Sangin, matando 10 soldados e ferindo outros quatro", disse o Corpo 215 Maiwand, baseado em Helmand, em comunicado.

Segundo a fonte, o posto de controle foi destruído com explosivos e, em seguida, homens armados invadiram o local e enfrentaram os sobreviventes da detonação. Ao todo, 18 soldados estavam no posto de controle, e quatro deles saíram ilesos após o confronto.

Um porta-voz talibã, Qari Yusuf Ahmadi, reivindicou a responsabilidade pelo ataque em breve comunicado.

"Nesta manhã, no distrito de Sangin, em Helmand, uma explosão tática foi realizada contra uma base inimiga, seguida de um ataque armado no qual a base foi invadida e 26 soldados foram mortos", disse Ahmadi.

Algumas horas após o ataque, o departamento de comunicação do Exército em Helmand relatou que três dos principais perpetradores do ataque foram mortos em um bombardeio das forças afegãs no mesmo distrito, por volta do meio-dia.

Helmand é uma das províncias mais inseguras do país e é considerada um dos redutos dos talibãs, que controlam nove dos 14 distritos.

O incidente ocorreu em meio a conversas entre a equipe política dos talibãs e uma delegação de Washington, em Doha, capital do Catar.

As equipes voltaram à mesa de negociação no dia 7 de dezembro, após uma pausa abrupta de três meses decidida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sequência de um ataque reivindicado pelos talibãs em Cabul no qual um soldado americano foi morto.

As negociações têm como ponto central a retirada das tropas americanas do país e um aumento das garantias de segurança por parte dos insurgentes.

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