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Ataque suicida no Paquistão mata ministro do Interior

Outras 11 pessoas morreram no ataque


	O Paquistão lançou em junho uma ofensiva militar contra os grupos insurgentes no Waziristão do Norte
 (A Majeed/AFP)

O Paquistão lançou em junho uma ofensiva militar contra os grupos insurgentes no Waziristão do Norte (A Majeed/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2015 às 08h36.

Islamabad - O ministro do Interior da província do Punjab, Shuja Khanzada, morreu neste domingo em um ataque suicida com bomba em sua casa no leste do Paquistão, em uma ação na qual faleceram outras 11 pessoas e 25 ficaram feridas.

A explosão aconteceu na casa de Khanzada na cidade de Shadi Khan, quando estava sendo realizada uma reunião política, disse o conselheiro do governo do Punjab, Syed Elahi.

Após a explosão grande parte do imóvel veio abaixo e durante várias horas não houve informações sobre o político, que ficou preso sob os escombros.

O porta-voz das equipes de resgate, Shehnaz Deeba, confirmou à Agência Efe que 12 pessoas, incluído o político, morreram no ataque e outras 25 ficaram feridas.

Dentre os escombros foram resgatadas 17 pessoas, e se desconhece se ainda há gente sob os restos do edifício, afirmou Deeba.

O delegado de Polícia Zahid Saeed disse em entrevista coletiva que o ataque foi perpetrado por um suicida que conseguiu entrar no recinto apesar da segurança.

Khanzada tinha recebido ameaças de grupos insurgentes recentemente, segundo disse o ministro de Assuntos Parlamentares, Sheikh Aftab Ahmed.

O político, que ocupa o cargo desde outubro de 2014, liderava as operações contra os grupos insurgentes na província do Punjab.

No final de julho as forças de segurança abateram a Malik Ishaq, líder do grupo insurgente sunita Lashkar-e-Jhangvi (LeJ), que reivindicou vários massacres contra minorias no Paquistão, em um enfrentamento no qual faleceram 11 insurgentes e dois filhos do islamita.

O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou o "ataque terrorista" e expressou sua "dor" pela morte de Khanzada.

"Os terroristas serão perseguidos até seu último refúgio e serão eliminados", afirmou Sharif em comunicado.

O Paquistão lançou em junho uma ofensiva militar contra os grupos insurgentes no Waziristão do Norte, tradicional reduto talibã, que causou a morte de mais de 2,7 mil insurgentes.

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