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Ataque suicida à mesquita no Afeganistão deixa 30 mortos e 50 feridos

A mesquita atacada pertence à minoria xiita hazara, que costuma ser alvo habitual de ataques do grupo Estado Islâmico

O ataque suicidada foi realizado durante uma reza da qual milhares de pessoas participavam (Stringer/Reuters)

O ataque suicidada foi realizado durante uma reza da qual milhares de pessoas participavam (Stringer/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 09h29.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 11h26.

Cabul - Pelo menos 30 pessoas morreram e 50 ficaram feridas nesta sexta-feira em um ataque suicida contra uma mesquita na província de Paktia, no sudeste do Afeganistão, informou à Agência Efe uma fonte oficial.

O ataque ocorreu às 13h30 local (6h, em Brasília), quando dois insurgentes vestidos com burcas detonaram os explosivos que levavam em uma mesquita da minoria religiosa durante a hora da reza na cidade de Gardiz, capital de Paktia.

"Dois terroristas suicidas participaram do ataque. Os agressores, que vestiam burcas, abriram fogo contra os guardas da mesquita, em primeiro lugar, e após matá-los, entraram e detonaram seus explosivos entre os crentes", explicou à Agência Efe o porta-voz da polícia provincial, Sardar Wali Tabasum.

O governador adjunto da província, Abdul Wali Sahi, detalhou que "até agora 30 participantes da reza morreram e mais de 50 ficaram feridos".

"Estamos trabalhando para ter todos os detalhes sobre as vítimas, porque os feridos e corpos foram levados a vários hospitais públicos e privados", esclareceu Sahi.

Depois que várias mesquitas da minoria xiita foram atacadas pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) nos últimos dois anos, o Governo afegão decidiu desdobrar membros das forças de segurança nestes centros religiosos em todo o país.

O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, afirmou na rede social Twitter que o grupo insurgente não está por trás do ataque.

"A explosão e o ataque de hoje na mesquita de Khawaja Hassan não tem nada a ver com os combatentes do Emirado Islâmico", como são autodenominados os talibãs, disse Mujahid.

A minoria xiita hazara é alvo no Afeganistão de ataques de grupos insurgentes radicais como o Estado Islâmico e os talibãs.

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