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Ataque israelense contra edifício em Gaza deixa 18 palestinos feridos

Segundo líder da comunidade egípcia em Gaza, Aadel Abdul Rahman, o edifício era um centro cultural; exército israelense diz que prédio era usado pelo Hamas

Faixa de Gaza: ataque na região ocorreu após escalada de violência com lançamento de 180 foguetes de Gaza contra Israel (Mohammed Salem/Reuters)

Faixa de Gaza: ataque na região ocorreu após escalada de violência com lançamento de 180 foguetes de Gaza contra Israel (Mohammed Salem/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 17h21.

Última atualização em 9 de agosto de 2018 às 17h22.

Gaza - Pelo menos 18 palestinos ficaram feridos em um ataque da aviação israelense nesta quinta-feira contra um edifício em Gaza que fontes palestinas definem como um centro cultural e o exército de Israel considera um prédio usado pelo movimento islamita Hamas para fins militares.

O ataque ocorreu após uma escalada de violência com o lançamento de 180 foguetes de Gaza contra Israel.

Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde palestino, Ashraf Al Qedra, que confirmou o número de feridos, o imóvel bombardeado pela aviação israelense é o Edifício Ael Meshaal para a Cultura e as Artes, situado na região ocidental de Gaza capital.

Segundo o líder da comunidade egípcia em Gaza, Aadel Abdul Rahman, o edifício incluía "um teatro, uma biblioteca e um escritório para a comunidade egípcia" e servia como centro de reunião para "centenas de mulheres egípcias que são casadas com palestinos" do enclave litorâneo.

O exército israelense anunciou que sua aviação "atacou um edifício de cinco andares no bairro de Rimal, no norte da Faixa de Gaza, que foi utilizado pelas Forças de Segurança Interior da organização terrorista Hamas para propósitos militares".

A Segurança Interior do Hamas, acrescenta o comunicado militar, é "responsável por todas as operações de segurança feitas dentro da Faixa de Gaza", e se considera "um braço executivo da liderança política do Hamas".

O edifício servia "como escritório de membros ativos da unidade", afirma a nota, que acusa uma parte considerável destes de ser "elementos militares" do grupo islamita.

No início desta tarde, o Hamas deu por encerrada a escalada de ataques que se agravou ontem.

No entanto, os lançamentos de foguetes contra Israel continuaram, embora com intensidade muito menor, mas um deles chegou a ativar as sirenes antiaéreas a cidade israelense de Bersheva (a 40 quilômetros da faixa), onde um projétil já tinha caído nos arredores anteriormente, informou a polícia israelense.

A tensão aumentou ontem à tarde com o início do lançamento de 180 foguetes das milícias palestinas contra Israel, que deixaram 20 feridos israelenses.

O exército respondeu durante a noite e a madrugada de hoje com o bombardeio de mais de 150 alvos militares do Hamas, nos quais morreram três palestinos: um miliciano e uma mulher grávida e seu filho de um ano e meio.

O Gabinete de Segurança israelense se reuniu para decidir como atuar diante da escalada de tensão na região.

 

 

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