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Ataque em igreja mata 11 na República Centro-Africana

Pelo menos 11 pessoas foram mortas quando homens armados muçulmanos abriram fogo e lançaram granadas contra pessoas abrigadas em uma igreja


	Soldados franceses em Bangui: ataque ocorreu após horas de confrontos entre milícias cristãs e moradores do bairro muçulmano de PK5
 (Sia Kambou/AFP)

Soldados franceses em Bangui: ataque ocorreu após horas de confrontos entre milícias cristãs e moradores do bairro muçulmano de PK5 (Sia Kambou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 17h26.

Bangui - Pelo menos 11 pessoas foram mortas quando homens armados muçulmanos abriram fogo e lançaram granadas contra pessoas abrigadas em uma igreja na capital da República Centro-Africana nesta quarta-feira, disseram testemunhas.

O ataque à Igreja Nossa Senhora de Fátima ocorreu após horas de confrontos entre milícias cristãs anti-Balaka e moradores do bairro muçulmano vizinho de PK5, disseram moradores locais.

O secretário-geral da Comissão Episcopal para a Paz e a Justiça, Federique Nakombo, disse à Reuters que homens armados lançaram granadas dentro do complexo da igreja e abriram fogo contra a multidão, matando o padre Paul Emile Nzale.

O padre da igreja, Jonas Bekas, disse que pelo menos 11 pessoas foram mortas no ataque, que começou por volta das 15h. O complexo da igreja abrigava cerca de 5.000 cristãos deslocados pela violência, disse ele.

"O número provavelmente será maior porque há muitos feridos", disse Bekas. "Teria sido muito pior se a milícia anti- Balaka não tivesse vindo nos defender." Fulgence, uma das pessoas abrigadas na igreja, disse à Reuters por telefone que tinha contado pelo menos 28 corpos. Um cinegrafista da Reuters TV no local também disse que viu dezenas de corpos sendo levados por veículos.

Os mantenedores de paz da força da União Africana Misca chegaram em veículos blindados para assumir o controle do local depois do ataque. Um helicóptero da missão de paz francesa Sangaris sobrevoou o complexo religioso ao anoitecer.

Foi o pior ataque atribuído a muçulmanos na capital desde que o grupo rebelde Seleka, de maioria muçulmana, renunciou ao poder em janeiro, sob pressão internacional, após 10 meses de matanças e saques.

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