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Ataque deixa 2 estudantes mortos horas antes do diálogo na Nicarágua

Os dois estudantes morreram nesta madrugada em um ataque armado e seus colegas atribuem à polícia e às unidades de choque

Nicarágua: as organizações humanitárias falam em 65 mortes desde o início dos protestos (Oswaldo Rivas/Reuters)

Nicarágua: as organizações humanitárias falam em 65 mortes desde o início dos protestos (Oswaldo Rivas/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de maio de 2018 às 14h28.

Manágua - Dois estudantes morreram na madrugada desta quarta-feira em um ataque armado contra a Universidade Politécnica da Nicarágua (Upoli), enquanto seguem os bloqueios em várias cidades do país, a poucas horas do início do diálogo que buscará uma saída para a crise social que começou há quase um mês contra o governo.

Estudantes entrincheirados na universidade denunciaram que dois colegas morreram nesta madrugada em um ataque armado, no qual possivelmente foram utilizadas armas com silenciadores. Essa instituição de ensino foi alvo de constantes ataques que os estudantes atribuem à polícia e às unidades de choque.

O Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh) calculou nesta quarta-feira que o número de mortos está entre 54 e 58 desde que começaram os protestos, há um mês, contra o governo do presidente Daniel Ortega, enquanto outras organizações humanitárias falam em 65 mortes.

Na terça-feira, após 24 horas de violência na cidade de Jinotega, ao norte de Manágua, foi noticiada uma nova morte, a de Wilder Reyes, de 37 anos, funcionário da Prefeitura de Matagalpa, segundo disse o prefeito da cidade, Sadrach Zeledón.

A violência derivou enfrentamentos entre habitantes nicaraguenses, que pedem a renúncia do presidente Ortega, e a Polícia Nacional, apoiada pela Juventude Sandinista e pelas forças de choque governistas.

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