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Ataque de Trump é desmoralizante, diz indicado à Suprema Corte

Neil Gorsuch criticou os ataques do presidente dos EUA a um juiz que suspendeu suas restrições de viagem a cidadãos de países de maioria muçulmana

Neil Gorsuch: indicado à Suprema Corte disse serem "desmoralizantes" e "desoladores" os ataques de Trump a juiz (Carlos Barria/Reuters)

Neil Gorsuch: indicado à Suprema Corte disse serem "desmoralizantes" e "desoladores" os ataques de Trump a juiz (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 08h55.

Washington - O indicado de Donald Trump para a Suprema Corte dos Estados Unidos, Neil Gorsuch, descreveu os ataques do presidente dos EUA a um juiz que suspendeu suas restrições de viagem a cidadãos de sete países de maioria muçulmana de "desmoralizantes" e "desoladores", disse na quarta-feira o porta-voz de Gorsuch.

Os comentários de Gorsuch vieram a público no momento em que se espera que um tribunal federal de apelações de San Francisco decida nos próximos dias se o juiz James Robart agiu devidamente ao suspender temporariamente a aplicação do decreto de Trump.

Um estrategista republicano contratado pela Casa Branca para ajudar a conduzir a indicação de Gorsuch no Senado disse que o indicado, ele mesmo juiz de uma corte de apelações, usou as palavras "desmoralizante" e "desolador" quando se encontrou com o senador democrata Richard Blumenthal.

Trump, que tomou posse em 20 de janeiro, recorreu ao Twitter no final de semana para repudiar a liminar da noite de sexta-feira de Robart, que suspendeu provisoriamente o decreto presidencial de 27 de janeiro que barra a entrada de pessoas dos sete países listados e de todos os refugiados.

Trump classificou Robart de "um chamado juiz", com uma opinião "ridícula", que "essencialmente retira a aplicação da lei de nosso país", segundo o presidente.

O governo apelou do veredicto de Robart a uma comissão de três juízes da 9ª Corte de Apelações de San Francisco, que ouviu argumentos orais na terça-feira.

Presidentes costumam evitar influenciar questões judiciais por respeito à Constituição dos EUA, que garante uma divisão de poderes entre o Executivo, o Congresso e o Judiciário.

Na quarta-feira, o Senado de maioria republicana confirmou o senador republicano Jeff Sessions, linha-dura em relação à imigração, como secretário de Justiça, apesar da forte oposição dos democratas.

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