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Ataque contra sinagoga em Jerusalém é abominável, diz AI

A Anistia Internacional condenou atentado contra judeus em sinagoga de Jerusalém


	Poças de sangue próximas a livro sagrado israelense em cena de ataque a sinagoga em Jesuralém
 (Kobi Gideon/GPO/Handout via Reuters)

Poças de sangue próximas a livro sagrado israelense em cena de ataque a sinagoga em Jesuralém (Kobi Gideon/GPO/Handout via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 12h35.

Jerusalém - A organização Anistia Internacional (AI) condenou o atentado desta terça-feira contra fiéis judeus em uma sinagoga de Jerusalém Ocidental, que qualificou de "ataque abominável".

"Os homens armados que atacaram esta manhã fiéis em uma sinagoga em Jerusalém Ocidental, matando quatro israelenses e ferindo oito, mostraram um absoluto desprezo pelos princípios fundamentais de humanidade", disse a ONG em comunicado.

É o "ataque mais sangrento contra civis ocorrido em Jerusalém em seis anos", lembrou a AI.

Morreram quatro rabinos que participavam da reza matutina na sinagoga e centro rabínico, no bairro de Har Nof, em Jerusalém Ocidental, e outras oito ficaram feridas.

Os dois atacantes palestinos também morreram em um tiroteio na saída da sinagoga, onde entraram com facas, machados e armas de fogo, informou a polícia.

"Nada nunca pode justificar semelhante ataque abominável sobre fiéis em uma sinagoga. O assassinato deliberado de civis deve ser condenado em duros termos", afirmou Philip Luther, diretor de programa da AI para o Oriente Médio e África do Norte.

O ataque foi realizado por dois moradores do bairro de Jabal al Mukaber, de Jerusalém Oriental.

Os movimentos islamitas Hamas e Jihad Islâmica, assim como o secular Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), aplaudiram a ação, que consideraram uma resposta às políticas e provocações israelenses.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, condenou o ataque, da mesma forma que vários líderes da comunidade internacional.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu vingar o atentado com "mão de ferro", o que a AI considerou um "sinal preocupante de que as violações contra os palestinos na Cisjordânia, incluídas as demolições de casas e outros castigos, piorarão".

A Anistia assinalou que as autoridades israelenses violam os direitos humanos e o direito internacional em suas respostas a este tipo de ataques, incluída a adoção de medidas de punição, como a demolição de casas dos familiares dos envolvidos nos ataques.

"Castigar aos familiares dos suspeitos destruindo suas casas é um castigo coletivo e é proibido pelo direito internacional", lembra AI.

Ao mesmo tempo, lembrou a morte crescente de palestinos durante manifestações por policiais israelenses que não estavam em perigo e apontou que os colonos atacam aos palestinos durante a colheita da azeitona.

"As forças de segurança israelenses têm a obrigação de proteger toda a população civil independentemente de serem palestinos ou israelenses", advertiu Luther, antes de ressaltar que, se não forem tomadas medidas para impedir, "os atacantes serão encorajados e o derramamento de sangue só piorará ".

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